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Quando participei nisto, fi-lo com a minha antiga morada, até porque nem fazíamos ainda ideia de que teríamos que mudar de casa, pelo que já me tinha trespassado o pensamento que devia haver por aqui um(a) leitor(a) à espera de novidades acerca da missiva que me deveria ter enviado e isso nunca mais acontecia.
Contudo, o senhorio da outra casa solicitou-nos a nova morada, para reencaminhar correspondência que entretanto surgisse, pelo que não perdi a esperança! Hoje, vejo a carteira a andar pelo espesso manto branco em direcção à nossa porta e eis que cai no chão, isto:
Recebi um magnífico postal, da M. feito por ela e ainda uns chocolates, já falta um na imagem, porque tenho alguém cá em casa que não pode ver doces!
Muito obrigada!
Quem sabe se não será o início de uma amizade?
As compras estão feitas, é que com a chuva que tem estado, as multidões em todo o lado e andar a pé de carrinho de compras atrás, não será a ideia perfeita para utlimar o que é necessário para a Quadra, mas hoje finalmente está tudo.
O frigorífico está a abarrotar, assim como o congelador e um armário/dispensa que arranjei na minha nova, espaçosa e quase vazia cozinha!
Hoje e amanhã as refeições são mais ligeiras e rápidas para nos prepararmos para o que aí vem.
Amanhã começamos a confecção dos doces para as festividades, o que falta em presença daqueles que amamos, sobra em comida na mesa!
Quando não se pode ter tudo compensa-se de alguma forma.
Se há coisa sem a qual não passo no Natal, é o Bolo Rei!
Adoro Bolo Rei, e posso confessar que tempos houve em que desde que começavam a ser comercializados nas superfícies comerciais, até desaparecerem, eu comprava todas as semanas um, que comia sozinha!
Ultimamente tenho tido muito mais moderação, mas gosto bastante deste bolo português tão tradicional do Natal.
Este ano, como não estou em terras lusas, nem tão perto de Londres que possa ter acesso a um, entendi que iria confeccionar o dito, em minha casa. Andei a pesquisar receitas, parece que a Bimby pode facilitar em muito o processo, o único senão: as frutas cristalizadas, que por cá não são iguais às nossas, não são tiras de abóbora ou pera cristalizada com cores vibrantes, são mesmo frutas cristalizadas, alperce, cerejas, arandos, limão, laranja, kiwi, enfim, tudo o que possam imaginar.
São piores ou melhores, não sei, o que sinto é que ao confeccionar um bolo-rei, quero recriar o sabor tão característico e que tão boas memórias me traz e sei que se não tiver os ingredientes certos, e por aqui é quase impossível, isso nunca vai acontecer, por isso, esta ideia, além de trabalhosa, parecia-me que não me iria trazer o preenchimento emocional que procuro.
Ontem e como já é hábito nesta casa, estivemos a ver um programa de culinária, onde os Chefes do Bake Off, fizeram uma "aula" com os doces tradicionais de Natal em terras de sua Majestade e eis senão quando um deles confecciona um Panettone, um bolo tradicional italiano, com uma massa fofa e recheado de frutas cristalizadas, mas desta feita com uma versão francesa, porque a massa é de brioche, mais leve e ainda mais fofa!
Ficámos ambos deliciados, o marido disse logo que podíamos fazer, aliás, propo-se a confeccioná-lo, dado que requer muito tempo de levedação, ou seja, paciência, que verdadeiramente não é coisa que me caracterize particularmente!
Além do Panettone e por entre outras iguarias, os nossos olhos também se detiveram num tronco de Natal, desmistificado e tão simples de fazer, que não vai faltar à nossa mesa!
Por isso, encerrei o capítulo do Bolo-Rei e optei por criar o nosso Natal, com algumas das nossas tradições (sim as rabanadas e os sonhos não vão faltar), mas com algumas novidades feitas por nós, que iremos decerto apreciar!
Está quase aí, falta menos de um mês.
Gosto muito desta altura do ano, por tudo o que representa, a alegria de um nascimento, a Luz que Ele transmite, a dádiva aos outros, o estar em família.
Este ano, infelizmente não vai ser passado entre rostos familiares, nem haverá troca de prendas, nem pratos cozinhados por mãos habilidosas de mães.
Sinto esta época especial distante, sem os meus já tradicionais enfeites de Natal pela casa toda, a minha coroa, com as quatro velas que esperam por cada Domingo de Advento para serem acessas, o presépio, a minha mini-árvore de Natal com luzes incorporadas.
A correria pelas lojas para encontrar o presente mais adequado para cada uma das pessoas, o procurar receitas para trazer alguma novidade à nossa mesa, o fazer as malas para rumar a norte, onde seria o ponto de encontro entre todos... Os preparativos com a casa cheia de gente, as compras de última hora, o frio, a lareira acesa, os risos, a presença...
Dilacera-me o facto de não ter tudo isto, porque vivo do estar com quem amo, muito além do meu marido e do meu filho, e até da restante família (sim, há amigas de quem sinto imensa falta!), mas este ano vai ter de ser assim.
Já tivemos um convite para partilharmos a ceia de Natal com outra família, mas eu sinto falta é da MINHA família e apesar de poder ser uma experiência diferente, também o há-de ser estarmos os três sossegados, vou poder cozinhar com calma o que acho que não pode faltar na nossa mesa, decorar a casa com o que tenho, ouvir músicas de Natal o tempo todo, ter as velas acesas, ir à Missa do Galo.
Não vai ser o Natal ideal?
Não, vai ser o Natal que podemos ter e será decerto um Feliz Natal!
Hoje seria assim:
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