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Descobri na casa da minha mãe esta maravilha,
Bateu em largos pontos a líxivia para cores que eu usava anteriormente.
Não há nódoa ou sujidade que lhe resista! Coloco num pulverizador, pulverizo antes de ir para a máquina e voilá!
Os punhos das camisas brancas que o meu filho leva para a escola, agradecem!
Em anos idos, muitos, achava que era um acto de cobardia, falta de coragem para enfrentar a vida e de puro egoísmo, hoje, depois das voltas que a vida deu e tem dado, considero-o um pleno acto de desespero e sofrimento tal, que a pessoa que o pratica, não vê nem encontra outra saída para o que sente senão pôr termo à vida.
A vida não é fácil, tem obstáculos e problemas ferozes, que são capazes de decompor qualquer ser humano, nem todos fomos talhados com corpo e mente capazes de os enfrentar, também sei que existem ajudas, apoios, medicação, mas nem sempre resultam, outras vezes é a própria pessoa que não o aceita.
São inúmeras as circunstâncias e os valores a considerar em cada história de vida, por vezes tão distintas, outras tão semelhantes, com o mesmo denominador comum.
No meio da estupefacção pela notícia da morte do actor, fica sobretudo a noção da dor e do sofrimento atroz que deveria sentir, ele que sempre demonstrou grande humor no ecran, mas que não foi suficiente para lhe suportar a vida.
Acabei de ler uma carta que os pais de três crianças vítimas do voo MH17 escreveram e foi tornada pública.
Perderam três filhos e o pai de um deles naquele voo, falamos de crianças com 12, 10 e 8 anos de idade, que de um dia para outro deixaram de fazer parte da vida deste casal, por pura maldade humana.
Ao ler a carta falam em amor, que o amor que sentem pelos filhos é maior que qualquer ódio e que ninguém merece passar por aquela dor, nem mesmo que provocou o hediondo acto.
Acho incrível, como é possível um ser humano a quem tiraram tudo, ter tal acto de caridade e amor para com o próximo, até mesmo quem lhe provocou esta dor!
A isto chamo ser Cristão, mesmo que não o sejam, amar acima de todas as coisas.
São decididamente um exemplo de coragem a seguir, porque eu pessoalmente julgo-me incapaz de tal abnegação...
Resta-me rezar para que encontrem todos paz, neste amor que os eleva acima de todo o mal.
Assim que o li nos meios de comunicação acerca deste filme, pensei, tenho que ver, afinal retrata a vida de um casal de emigrantes portugueses dos anos 70 para Paris, quão similar é daquilo que vivi?
Com clichés ou sem, revi imenso dos meus dias, a minha mãe a puxar o carrinho das compras, também ela porteira num prédio, a tomar conta dos miúdos, passar a ferro a roupa daquelas famílias, limpar as casas, as escadas, os vidros. A fazer comida cedíssimo para o meu pai levar a marmita, também ele José, a trabalhar num "chantier"...tão real!
As fofoquices das vizinhas, os portugueses por todo o lado, se bem que no bairro onde vivíamos não havia muitos portugueses, alguns na nossa rua, com quem nem sequer nos dávamos, a forma estranha de falarem francês, o português atabalhoado e cheio de palavrões, nós os filhos, sem vontade de regresso...
E depois o confronto com a possibilidade de ir embora, que irá ser daquelas pessoas, para quem se trabalha, dos miúdos, da casa, de tudo, o que irão pensar?
Os meus pais regressaram, para uma quinta, comprada e cultivada com esforço, uma casa construída a pulso e a saúde da minha mãe já muito debilitada, aliás foi só por isso que eles vieram, as condições climatéricas de Portugal poderiam em muito ajudar a estabilizar a doença da minha mãe, ao contrário da já existente poluição da capital francesa.
Foi uma reviravolta nas relações, o não acreditar que eles viriam, o descrédito no património que eles possuíam, um sem fim de negociações.
Anos mais tarde regressaram em visita e verificaram que foram lindamente substituídos por quem soube fazer valer bem melhor os seus direitos e condições habitabilidade na "lodge", além de cada família ter seguido o seu caminho sem nunca terem perguntado o que teria sido feito da "Maria e do José"...
Julgo que no fundo foi disso que tomei consciência com o filme, de que nunca os meus pais (e tantos outros emigrantes daquela altura) foram respeitados enquanto pessoas, ou reconhecidos pelo mérito que tinham, eram apenas pessoas subservientes, que trabalhavam bem, que punham tudo o que eram e tinham no que faziam e apenas isso interessava aos patrões.
Então a Hunter, tem estas galochas:
e ninguém dizia nada?!
É que com isto nos pés, tem se outro estilo, não parece que saímos ali do jardim, de plantar as flores para ir às compras ao supermercado ou buscar os miúdos à escola!
O único contra é mesmo o preço £125 (+/- 153€), estas coisas têm sempre de ter um senão...
Há dias li no blog "Cocó na fralda" um post sobre "achados" que tinha feito durante umas arrumações e num dos comentários há alguém que diz: "ora aí está algo que deixei de usar: pensos e tampões."
Fiquei intrigada com a questão e nos comentários posteriores lê-se que a senhora passou a usar Lunette, um copo menstrual.
Vi o vídeo que está no site e fiquei ainda mais interessada, já pensaram na possibilidade de se estar com o período, não usar pensos higiénicos, nem tampões?
E durante a noite, em que no meu caso o meu fluxo não diminui, poder dormir sem nada!
Com a menstruação quase a aparecer, pensei que é altura ideal para experimentar isto!
Percebi que em Portugal, apenas se vende online, no site da marca e o preço não é muito apelativo, apesar de ser um investimento a longo prazo.
Depois de uma pesquisa na internet, verifiquei que o site da amazon.uk também vende, por um preço mais módico e que uma cadeia de farmácias inglesa, a Boots, disponibiliza também este produto.
Como existe a loja física na minha cidade, pensei que ver o produto seria diferente de comprar online.
Entretanto no site da boots, deparo-me com outra alternativa os sofcups, a ideia é a mesma, um copo menstrual, mas este descartável, que se pode usar durante 12h seguidas, findo o qual se deita fora. O preço, ronda os 6,30€ por um pack com 8 unidades que dão para 4 dias de menstruação.
Dirigi-me à farmácia e comprei estes últimos, estou a usar há 3 dias.
O meu veredicto:
Pontos a favor: a liberdade de movimentos que proporciona, sem pensos, sem tampões e quando bem colocado, nem se nota.
O descanso são 12h em que não se pensa que se está com o período, findo o tempo, tira-se, deita-se fora e coloca-se um novo.
Pontos contra: a higiene, digamos que o retirar não é das coisas mais higiénica que se possa fazer.
A rigidez do aro, custa a manusear.
Requer algum período de adaptação e tem-se a sensação de que mexe e sai do sítio, mas não passa disso: sensação.
No global estou bastante satisfeita, dormi descansada e durante o dia, nem me lembro que estou com o período.
No entanto a relação qualidade/preço para adquirir isto mensalmente, não compensa.
Comprei a título de experiência para perceber se me adaptava e se valeria a pena o investimento no lunette.
Agora, no próximo mês faço o investimento no lunette, julgo que deverá ser mais flexível, embora seja diferente na forma como funciona.
A ver vamos.
Fica-se sempre com o coração muito pequeno, perante tragédias destas.
O meu pensamento está deste ontem com aqueles pais, que ficaram sem os seus filhos, peço muita coragem e serenidade para que saibam ultrapassar este enorme sofrimento e ergo as mãos aos céus, para que me seja poupada tamanha dor...
Acabei à pouco de ver a grande reportagem SIC, sobre Safira, acerca da qual já tinha postado um link com a reportagem da Revista Visão.
Ver em imagem toda esta luta, levantou-me algumas questões e observações:antes de mais a atitude dos pais, aberta e investigadora face à doença, não aceitaram benignamente aquilo que lhes foi dito pelos médicos, questionaram e muito o que lhes estava a ser transmitido e logo aí, se depararm com alguma oposição e má vontade, pelos seus questionamentos ou melhor, pelo pôr em causa de um protocolo médico, realizado sempre da mesma forma, independentemente da doença e do paciente.
A existência de tratamentos alternativos, que como foi dito por um dos médicos na entrevista, são completamente ignorados pela comunidade médica da especialidade e até mesmo vistos com relutância, justificando-se com a falta de estudos efectivos acerca dos resultados. Acontece que estes estudos não surgem pela falta de recursos para os realizarem, tendo em consideração que ao doente já cabe o ónus do pagamento do tratamento, decerto não sobram meios para financiar entidades, ditas independentes, para levarem a cabo estudos comprovativos da eficácia e eficiência daqueles.
Mais, o poderio das farmacêuticas e dos políticos, dificilmente deixarão surgir tratamentos, que se verificam menos agressivos para os doentes mas simultaneamente menos lucrativos para quem detêm um lugar de primazia no mercado da saúde no momento.
Talvez através de casos como este se estejam a concretizar pequenos passos, que nos levem e rever a forma como estamos a encarar as doenças, isso e o prémio nobel da medicina, abram novas portas...
que choca, que faz pensar...
A batalha por Safira
Visão, 27-10-2011
Podem ter passado oito anos, mas fez-se justiça, valeu a pena as vítimas terem dado a cara ao sofirmento que lhes infligiram, afinal as ameaças, a sedução a que os pedófilos as sujeitaram, não venceu, foi mais forte a coragem...
Bem sei que vai haver recursos, mas a matéria de facto, ninguém a retira do processo e aquela gente nunca mais voltará a andar de "cabeça erguida" na rua...
Que os restantes, aqueles em que poucos acreditam, aqueles a quem nunca se dá ouvidos, aqueles pequenos que supostamente mentiram, esses heróis...consigam levar a vida para a frente, em paz e serenidade!!!
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