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O meu filho, do alto dos seus seis anos de idade, deu-se conta da nossa finitude, tomou consciência de que nós, pais, não iremos viver para sempre e por ordem lógica iremos morrer antes dele. Surgem as questões, se vamos viver até aos cem anos, quando iremos morrer, que vai ser dele após a nossa morte e segue-se-lhe a angústia e o medo de ficar sozinho.
Tento trazer alguma paz e serenidade à consciência dele em tumulto, argumentado que podemos não morrer os dois (eu e o pai) ao mesmo tempo e que mesmo na eventualidade de isso acontecer, haverá sempre quem olhe por ele.
Mas a tomada de consciência vem acompanhada de perspicácia e rapidez na contra argumentação, nenhuma das pessoas que nomeio nos pode verdadeiramente substituir, além de que vivem todos lá longe e ninguém iria ficar eternamente na nossa casa para tomar conta dele!
Julgo que a maternidade nos faz repensar na morte, principalmente no que será dos nossos filhos, após esta acontecer. Neste momento ouço de viva voz os meus medos pela boca dele e não me sinto em nada descansada perante a angústia que ele e eu sentimos, até porque sabemos, mais eu do que ele que é apenas e tão só, uma questão de tempo...
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