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No Domingo o Simão queixou-se de dores de barriga ao deitar, meio a rir, meio a sério, percebemos que devia ter algum desconforto menor e muita espertina!
Decorreu meia hora, entre gargalhadas, caminhadas e rabugice, sempre sozinho no quarto dele. Acabou por se deitar e chamar por mim, numa canção de embalo, entre o "quero a minha mãe e dói a barriga", sempre bem-disposto e mais como forma de chamar a atenção do que de dor propriamente dita.
Continuámos com as tarefas que estávamos a fazer, no andar de baixo, até que me afluiu à consciência a minha infância e percebi que não o poderia deixar assim.
Quantas vezes com a idade dele adormeci, a cantarolar a "canção do embalo" do "tenho sede" ou "anda cá mãe" e nunca vi o copo de água ou a minha mãe sequer?
Deitei-me ao lado dele, fiz-lhe massagens na barriga, ele abraçou-me e acabou por adormecer, serenamente.
Ontem, embalei a criança que eu fui, apaguei-lhe o desconforto, mas sobretudo a carência de amor...
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