por o que procuro, em 24.02.14
A morte chegou de mansinho pela manhã e levou-a quando nada o fazia prever, a ela com os seus trinta e oito anos.
Não a conheci, mas sei que deixa dois filhos, um marido e uma família destroçada. Parte dela vive aqui perto de nós e estão em choque com a frieza desta partida. Regressaram ontem de onde parecia estar tudo bem.
O peito contrai-se, a dor e a tristeza invandem-nos, pela situação, por sabermos que o ditado "de longe se faz perto" há algum tempo deixou de nos fazer sentido, já não estamos a umas escassas horas de carro que nos possibilitariam a presença e o abraço a quem tanto dele necessita nesta hora de infortúnio.
Seguem-se horas de angústia, de espera para ir, simplesmente ir e colmatar esta distância que nos mortifica.
Antevejo-lhes os passos, a viagem, a tristeza no olhar e nos gestos, o saber-se que desta feita não será uma simples despedida com um "até já" na esperança de um possível reencontro com um abraço sentido, mas um "até sempre" já com saudade.
Resta-me apenas rezar para que Deus a acolha na Sua morada eterna e pedir-Lhe que acalente com a Sua Luz os dias e a vida de todos quantos choram esta perda.
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