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Por estes dias há novos ciclos que se iniciam, há quem comece o ensino básico, há quem case, há quem inicie uma nova formação académica, há quem se mude de país, de casa e de emprego e há quem tenha terminada a caminhada de Vida terrena.
A Vida é feita assim, de ciclos, de recomeços, de mudanças, de finitude, ensinando-nos que nada é constante, nada é para sempre, que nos cabe a nós seguir em frente, decidir, adaptarmo-nos e vivermos o melhor que a Vida tem para nos dar.
Tenho saudades de estar com as pessoas, com tempo, sem muita gente à volta.
Saudades dos meus, dos jantares combinados à última hora, do café, do gelado, do "aparece cá em casa".
Da disponibilidade, do relacionamento que agora se foi...
Já não pertenço ao dia-a-dia de lá, nem tenho dia-a-dia cá com ninguém em particular e sinto muita falta desta pertença, da partilha.
Comunico com alguns, poucos, diariamente, porque a amizade se manteve, porque o acesso a vias alternativas de comunicação é mais fácil, porque nos esforçamos para que seja possível e eu agradeço-lhes muito por isso, por ainda fazerem parte de mim, do meu dia-a-dia, apesar de já não "estarmos juntos"...
Em Portugal arranjava as unhas ao Domingo, para durarem toda a semana, aqui arranjo à sexta para durarem o fim de semana! (De ressalvar que não podemos ter as unhas pintadas no meu local de trabalho...)
Sábado amanheceu solarengo, temperaturas amenas, as sandálias saíram à rua.
Ao final da tarde, o ceú escureceu, Domingo choveu copiosamente e até hoje tem sido assim, trombas de água que levaram a um aviso amarelo, o sol, esse só foi avistado hoje de tarde novamente, sempre por entre nuvens, com o vento a soprar por companhia, máximas a rondarem os 18ºC.
Vem aí um fim se semana prolongado e acho que as previsões não melhoram, por entre trovoadas e aguaceiros.
Relembro que estamos no mês de Agosto, ainda em pleno Verão, mas por estas bandas, não quer significar mesmo nada...
O facto de ontem o meu filho ter ficado doente fez-me reflectir sobre a rede de suporte, se estivesse em Portugal, entre familiares ou amigos haveria quem pudesse ficar com ele, num decisão célere e urgente, dada a demanda da situação e horários de trabalho a cumprir. Por cá, nestas situações a rede de suporte é inexistente, há amigos, que os há, mas para situações ponderadas e combinadas com antecedência, não numa situação de dores de barriga com indisposição à mistura! Julgo que isto será talvez a maior consequência negativa da emigração, a perda desta rede de suporte que reage em espaço de minutos a uma qualquer situação por mais penosa que seja. Contamos apenas connosco e rezamos para que nada de verdadeiramente grave nos aconteça e não passe de um simples telefonema para o trabalho a avisar que teremos de ficar em casa e ouvir a resposta ríspida do nosso superior hierárquico...
Chove torrencialmente lá fora, há um alerta amarelo para a nossa zona, por motivo de vento e precipitação.
A pequena criatura queixou-se de dores de barriga ontem ao deitar, que permaneceram quando acordou e acabou por vomitar... Digamos que estou a vivenciar um início de semana esplendoroso...
Espero que esteja a ser melhor desse lado!
Muita arrumação ainda por fazer e por fim... Uma alma despedaçada e perdida por entre a Península Ibérica e o Reino Unido.
Pela enésima vez, deu-me para mudar aqui o estaminé, ver se retoma vida, sim porque tomei consciência que não vivo sem escrever por aqui...
Hoje alguém entra nos "entas" não quer que se saiba, não quer celebrar, nada...
Por mim apenas agradeço o Dom da Vida dele, poder estar ao seu lado e a família que temos.
Eu não quero prendas, quero presença.
Não quero beijos distantes, quero abraços apertados.
Não quero ouvir: "já te vais embora", quero um "vamos aproveitar o tempo que estás aqui".
Não quero lágrimas, quero sorrisos de afecto.
Não quero um "só te vejo para o ano", mas sim "falaremos de qualquer forma".
Não quero "adeus", quero "até já"...
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