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Já repararam como os nossos actos têm, quase sempre, consequências na esfera pessoal dos outros? Como se, cada acto, fosse uma pedra que se atira para um lago e as ondas se propagam na esfera dos outros...
Desde da simples bica que se bebe no café da esquina, ao telefonema que se recebe, ou à visita que aparece, ou o convite para jantar que se faz a alguém, tudo isto envolve outras pessoas, necessitamos da sua atenção, que estejam disponivéis para nós, logo, "roubamos-lhes" tempo... Assim, cada vez menos os actos são "só nossos" e implicam directa ou indirectamente terceiros.
Por isso, acho, cada vez mais que nada se pode fazer de forma irreflectida, sem ser ponderada, principalmente se implica directamente os outros e temos, à partida, conhecimento disso.
Digo isto, porque sinto na pele diáriamente tudo isto, são telefonemas, visitas, chegadas e partidas, que me fazem alterar planos laboriosamente existentes na minha mente, que já por si, raramente são executados conforme planeado, porque a criatura não deixa, quanto mais haver terceiros que interferem neles, sem autorização!?
Ás vezes bastaria um simples telefonema a perguntar, se pode ser, se dá jeito...Mas não, é mais fácil tocar à campainha, dizer a não sei quem que vou e pronto, temos que estar disponivéis...
Eu, actualmente, não disponho do meu tempo conforme gostaría, ando ao sabor do meu filho, consoante ele permite, aproveito cada minuto de tempo útil para fazer andar a organização doméstica, e ter algum tempo para mim.
Por tudo isto agradeço a todos aqueles que têm amabilidade de telefonar a perguntarem se é oportuno e quando é que dá jeito, e fico irritada com aqueles que nada dizem e simplesmente aparecem. Mais, magoa-me quando extravaso a minha irritação e não a compreendem, como se fosse normal ter aquele tipo de atitudes, como se eu tivesse de aceitar, como se o tempo fosse todo meu...
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