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Mais um telefonema, com uma proposta de emprego, não tem nada a ver com Serviço Social, mas sim, para encarregada geral de um lar de terceira idade, pertencente a uma Ordem Religiosa...
Bem sei que isto tá tão mau, que tem que se começar por algum lado!
Mas como é que eu posso aceitar uma propostas destas nesta altura do campeonato??
Tou grávida de (quase 6 meses) as minhas hérnias discais já começam a dar sinal de vida, a parca lida da casa é feita aos bochechos, com paragens pelo meio, repouso e sossego recomendados...
Posso aceitar uma proposta de emprego, onde sei de antemão, que além de organizar e supervisionar o trabalho das Ajudantes de Acção Directa, teria que "pôr as mãos na massa"? Sim, implica idas ao Banco Alimentar, buscar os donativos, fazer as encomendas, as compras, conferir, arrumar, organizar...
Como, se passo a ferro um bocado e fico aflita!!
Caramba, meses aqui enfiada, a enviar CV's e a ir a entrevistas e nada, agora é que se lembram??
É frustante!
Sinto-me como aquele padre da anedota, depois de um aviso de tempestade e de recolher obrigatório, nega-se a sair de casa, afirmando que Deus providenciará. A água emerge a casa, várias tentativas de vizinhos, bombeiros e o padre continua a afirmar que Deus providenciará... Até que acaba no telhado, e o último helicóptero quer recolhê-lo e ele diz que não, porque Deus providenciará...
Acaba por morrer afogado. Quando se encontra com Deus, pergunta-lhe: - Então, eu sempre acreditei que irias providenciar, Senhor!?
Resposta de Deus: - Ainda mais? Depois de toda a ajuda que te mandei: vizinhos, bombeiros e até um helicóptero, não aceitas-te nada! Tive que mandar a morte ir-te buscar!!!
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