Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



A viagem que ninguém quer fazer

por o que procuro, em 24.02.14
A morte chegou de mansinho pela manhã e levou-a quando nada o fazia prever, a ela com os seus trinta e oito anos.

Não a conheci, mas sei que deixa dois filhos, um marido e uma família destroçada. Parte dela vive aqui perto de nós e estão em choque com a frieza desta partida. Regressaram ontem de onde parecia estar tudo bem.

O peito contrai-se, a dor e a tristeza invandem-nos, pela situação, por sabermos que o ditado "de longe se faz perto" há algum tempo deixou de nos fazer sentido, já não estamos a umas escassas horas de carro que nos possibilitariam a presença e o abraço a quem tanto dele necessita nesta hora de infortúnio.

Seguem-se horas de angústia, de espera para ir, simplesmente ir e colmatar esta distância que nos mortifica.

Antevejo-lhes os passos, a viagem, a tristeza no olhar e nos gestos, o saber-se que desta feita não será uma simples despedida com um "até já" na esperança de um possível reencontro com um abraço sentido, mas um "até sempre" já com saudade.

Resta-me apenas rezar para que Deus a acolha na Sua morada eterna e pedir-Lhe que acalente com a Sua Luz os dias e a vida de todos quantos choram esta perda.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:00

Já não me lembrava

por o que procuro, em 20.02.14

De como é desgastante estar o dia inteiro com o Simão a cargo, são estas horas e estou esgotada, até a paciência se foi.

O que me preocupa é mesmo o mês de Abril, férias escolares de 4 a 23!
Sem qualquer perspectiva de visitas durante este tempo, para me ajudarem a suportar e ultrapassar isto...

 

Vou dormir, recarregar baterias, amanhã será outro dia!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:12

Pequenas coisas

por o que procuro, em 20.02.14

Porque há pequenas coisas que chegam até nós, que fazemos por nós, que fazem toda a diferença nos nossos dias!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:18

Mixed feelings

por o que procuro, em 19.02.14

É o sentimento que me invade neste momento, muito planos, edificados na minha cabeça que pareciam concretizáveis, mas o tempo vai passando, a conjuntura não melhora e nada parece estar em sintonia para que se concretizem.

 

Os planos nem são assim tão absurdos, estavam até bem delineados, mas quando a pessoa se debruça sobre eles, os quantifica no papel, com prós e contras, começa a somar ambas as partes e a aperceber-se de que as perdas financeiras serão grandes, apesar de considerar que os ganhos físicos e psicológicos seriam bastante compensatórios!
Assola-me um misto de sentimentos, de frustração acima de tudo, mas também a ambivalência de pensar que o merecíamos e que estamos a trocar o que é prioritário, que no fundo somos nós, esta família de três que vive aprazivelmente nesta ilha sem sol e sem família por perto.

 

O mais certo é ter de aceitar que não há grande volta a dar a tudo isto e simplesmente adiar, mais uma vez...

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:20

A cheia chegou à nossa porta!

por o que procuro, em 18.02.14

Na sexta-feira a rua começou a encher-se de água, militares ao início da noite com sacos de areia para salvaguardar algumas habitações, autoridades a avisarem os moradores de que o rio tinha transbordado do leito e iria com certeza invadir não só as habitações circundantes, mas também a rua, não se tinha conhecimento de como é que as coisas iriam acontecer.

 

 

Os militares a descarregarem sacos de areia e colocarem à porta das casas, já se consegue ver a água a invadir território.

 

O temporal instalou-se pela noite fora, foram apenas alguns chuviscos, mas o vento, era tão forte que eu tinha receio que nos partisse as janelas, apesar de serem janelas duplas e bem calafetadas, sentia-se e ouvia-se o vento a assobiar e a entrar por entre as frestas. Como era de prever, a noite não foi das melhores.

 

De manhã acordámos cedo, a rua já tinha um lago, os automóveis passavam muito devagar, chegaram mais militares, a polícia, autoridades, fecharam a rua ao trânsito.
O marido perdeu a esperança de ir trabalhar de carro e eu de ir ao mercado comprar a fruta e legumes.
Digamos que me senti bastante frustrada, porque havia quem circulasse através da água com uma galochas nos pés (que nenhum dos adultos desta casa tinha) e a menos de quinhentos metros da nossa casa, a vida decorria normalmente, como se nada fosse.

 

 Um rio à porta de casa, logo pela manhã!

 

Por volta das 11h da manhã, vieram os "neighbours watch" pessoas credenciadas para dar apoio aos moradores da rua, saí de casa e perguntei se poderia sair de casa de carro, disseram-me que podia sair com o carro, mas no regresso teria de o deixar do lado de lá da cheia.
Não acedemos com receio de precisar de um meio de transporte numa emergência e não termos como.

Perguntei como poderia sair de casa, responderam com umas galochas!
Não tenho nenhumas! 
Resposta eficaz do senhor: coloque uns sacos de plástico do lixo nas botas normais para conseguir atravessar a água.

Assim fiz, mochila às costas, as botas mais velhas que tinhas em casa nos pés, sacos do lixo em cada bota, fui.

Cheguei à outra ponta com um dos pés encharcados, mas dirigi-me à cidade, fui logo comprar os frescos e segui em busca de um par de galochas para nós, o marido foi fácil e bastante acessível, já eu!

Já não é novidade que nunca encontro o meu tamanho de calçado por aqui e que acabo sempre na secção de crianças, mas desta feita deparei-me com  o facto do cano das galochas de criança ser mais baixo do que nas galochas de adulto, o que para as necessidades envolvidas, era um entrave, grande e bastante molhado.

 

As galochas para os adltos desta casa!

 

Já sem perspectivas de um regresso com pés secos a casa, acabei por entrar numa loja cara aqui do burgo a Joules e por entre as promoções de galochas, encontrei alguns tamanhos pequenos, a minha sorte!
Trouxe um par nos pés (só quando cheguei a casa é que me percebi que a preço normal custavam uma pequena fortuna! Lucky me!) e vim com a mochila às costas e mais um saco nas mãos, a passo de caracol que o peso era bastante!

Consegui atravessar o "rio" de regresso a casa, sem mazelas de maior, reabastecer o frigorífico e fazer a sobremesa do fim de semana!

 

 

Apple pie, sobremesa de Domingo! 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:16

Frio e chuva

por o que procuro, em 11.02.14

Eu sei que é por todo lado e aí em Portugal as coisas não estão melhores, o problema é que aqui na Ilha, os campos e jardins já não têm mais capacidade de absorver a água, tenho quase uma piscina nas traseiras, a ruas estão cheias de água, os rios, ribeiros e riachos já não têm mais capacidade e transbordam para fora, há imensas pessoas com casa inundadas, o sistema de escoamento de águas está cheio e já transborda por tudo quanto é sítio.

 

Só se vê água por todo o lado, mal consigo andar pelos caminhos para ir trabalhar e a chuva continua a cair, sinceramente, não sei quando nem onde é que isto irá parar...

 

O rio Lamborn, que passa mesmo por detrás da nossa casa, quase atingir o topo possível....

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:04


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2009
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2008
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D