Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Imaginar

por o que procuro, em 23.07.13

Que amanhã, vou estar com os meus, abraçá-los a todos, um de cada vez, chorar de cada vez que sentir aquele abraço apertado, conhecer o meu sobrinho pessoalmente, sentar-me à mesma mesa todos juntos, é de uma alegria e de uma satisfação incomensurável.

 

Hoje é só isso que Te peço, que me, (nos) permitas isso, nem que seja a última vez...

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:48

"Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada»."

 

Do Evangelho de hoje (Lc 10, 38-42) 

 

Negrito meu...

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:53

Deve ser do calor

por o que procuro, em 19.07.13

Chegámos os dois a casa por volta do meio dia, sua exa. não se quis descalçar, sentou-se no sofá.

 

Fui tratar do almoço, quando saio da cozinha, tinha tirado os sapatos em cima do sofá, eram quilos de areia em todo o lado e não estou a exagerar, sofá, chão, um rasto de areia...
Levei-o para o quintal, fui buscar o pó de talco, tirei-lhe as meias, até no meio dos dedos tinha areia, pus-lhe pó de talco, saiu tudo, voltou para dentro e quis o pó de talco, disse-lhe que não, coloquei-o em cima da bancada da cozinha, vim para a sala.

 

Sai ele da cozinha disparado, todo branco, imaginam, não imaginam?

 

Entretanto diz que não quer almoçar, quer só bolachas, pois, então não?!

 

Foi buscar as tintas para pintar, disse-lhe que estavam secas que temo de ir comprar mais, quando viermos de férias.

Não contente abre o frasco da tinta preta, aperta com toda a força a olhar para o buraco da tampa, saiu um resto de tinta.

Acabei de estar 10 minutos na casa de banho a tirar-lhe tinta dos olhos e a mudá-lo de roupa.

 

Vou pôr a máquina a lavar a roupa, ele ficou lá em cima, está muito calado, já imagino que virá aí a seguir.

 

Ainda só são 13h50...

 

Entretanto o vizinho com três criaturas pequenas, grita como se não houvesse amanhã, para estarem quietas.

 

Estas temperaturas a rondar os 30ºC por aqui, há quase três semanas, andam a fazer mal a algumas cabeças mais pequenas, só pode... 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

publicado às 13:44

Ser emigrante é...

por o que procuro, em 12.07.13

Reaprender uma língua nova, com esforço, ficar por vezes sem perceber o que nos dizem, ver televisão com legendas em inglês, porque falam tão depressa que é difícil de acompanhar, ou ainda confrontar-nos com alguém que fala com calão ou com uma pronúncia qualquer e ficarmos completamente sem perceber nada...de nada!

 

Viver diariamente situações novas, seja em que âmbito for.

 

Vivermos injustiças, porque não somos "de cá", não temos desenvoltura na linguagem, nem a mesma educação, muito menos a mesma cultura.

 

Cozinhar e comer coisas diferentes.

 

Fazer sacrifícios.

 

Ter saudades, mas daquelas que doem, diariamente, carregar no peito todos aqueles que nos são próximos, familiares, alguns amigos, mas também a nossa cidade, a nossa comida, até certos cheiros e locais.

 

Dar mais valor ao que é nosso, e também aos nossos.

 

Só contarmos connosco, os três, esta pequena família, que vai para todo o lado junta, que enfrenta tudo junta, que faz tudo junta.

 

 

Adaptarmo-nos continuamente, até onde não pensávamos ser possível, mas somos e seremos sempre.

 

No fundo é recomeçar do zero, num país diferente, com tudo o que isso acarreta, mas com os pés assentes na terra e a cabeça, erguida, para o Alto, porque de lá virá sempre o nosso amparo e a nossa confiança.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:36

Esgotada

por o que procuro, em 03.07.13

É como me sinto, psicologicamente esgotada, o ser mãe 24h por dia, ao fim de um ano e muito poucas pausas pelo meio está a deixar-me extenuada.

Ele está insuportável, provoca até não poder mais, põe à prova, não faz nada que se lhe peça à primeira vez, nada! Tem que se tudo negociado, que por vezes acaba em tom autoritário, quando não é no castigo ou com a palmada no rabo.

 

A chegada do mais novo da família, veio destabilizá-lo, julgo que são ciúmes pela atenção que lhe estamos a dar, longas conversas pelo skype, que nem sempre acabam da melhor forma.

A minha sogra ficou chocada com o comportamento dele, perguntou-me se ele era sempre assim e como é que eu aguento?

Pois não sei, a muito custo e por conta da minha fraca estabilidade psicológica.

 

O ideal era passar um fim-de-semana "sem filho", mas na impossibilidade de isso acontecer, já só peço as férias.

Se bem quem com o que ele tem demonstrado até aqui, não antevejo nada de bom, vais ser ainda mais irrascível e mal comportado para chamar atenção e por muito que eu descanse um pouco sobre quem me rodeia, nomeadamente os avós e a madrinha, não me posso demitir da minha posição de mãe.

 

Ainda faltam decorrer alguns dias até irmos e tenho que arranjar coragem para isso, mais o que poderá ainda advir...

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:14

Um parto difícil

por o que procuro, em 02.07.13

Não me caberia a mim fazer um relato do que se passou entre sexta-feira, e Domingo de madrugada, numa conhecidíssima maternidade lisboeta, mas a indignação, a ansiedade porque passámos todos (eles lá e nós aqui) foram tantas, que tenho necessidade de escrever sobre isso.

 

Em traços gerais, o internamento deu-se por volta do meio dia de sexta feira, com 41 semana de gestação, para induzirem o parto, monitorizaram a mãe e a criança, e dá-se a primeira queda abrupta do ritmo cardíaco do criança, ninguém percebeu porquê, alterarram o método de indução, e administraram um comprimido via oral, começam as contracções.

 

O dia todo com contracções irregulares, por volta das 20h, novo comprimido, passou a noite com contracções, sem ctg posto, os técnicos descansaram e pediram-lhe para fazer o mesmo: "se sentir dores toque."

 

Sábado de manhã, quase nenhuma dilatação, contrações irregulares, meio da tarde, mais um comprimido, nova queda abrupta do ritmo cardíaco da criança, alvoroço completo na enfermaria, soro e ctg, às 17h começou o trabalho de parto activo.

 

A partir daqui, deixei de falar com ela, passei a comunicar com a minha sogra, sei que esteve com contracções severas até ao início da noite, administraram a epidural, à 1h da manhã tinha seis dedos de dialtação, aguardava-se que fizesse a dilatação toda para expulsar a criatura.

Neste entretanto foi fazer força a cada contracção, sem efeito, a criança não descia, pediu reforço da epidural.

 

Constatam que a criança estava de lado, mas que estava quase a sair, se fizesse mais força, não seria necessário o reforço, no meio de tanto esforço, nova queda abruta do batimento cardíaco do bebé.

 

Alvorço completo, mandam sair o pai da sala, levam-na para o bloco, procederam à episiotomia e retiraram a criatura com ajuda de forceps, para constatarem que tinha o cordão umbilical à volta do pescoço, o que não lhe permitia descer, e provocava a asfixia...

 

Foram 37 horas de trabalho de parto, que segundo ela, não deseja a ninguém, foi constatar que o que se aprende nas aulas de preparação para o parto, muitas das vezes não se aplica, foi cruzar-se com técnicos atenciosos e que explicavam o que se estava a passar, até outros que diziam palavrões em frente aos doentes, foi suportar contracções durante horas, um sem fim de toques por não sei quantos técnicos, ter levado pontos, ver a pequena criatura com duas marcas enormes na cara dos forceps e ter ficado com o coração em suspenso, nos útlimos 10 minutos do parto, depois de tantas horas de sofrimento...

 

Agora questiono, porquê que à segunda vez que o ritmo cardíaco da criança teve uma queda, não tentaram perceber melhor o que se passava e não lhe fizeram uma cesariana, tendo em conta que já tinha passado mais de 24h desde o início da indução do parto, não havia qualquer dilatação e a criança não estava posicionada para sair?

 

Contenção de custos? E a vida das pessoas, contará para alguma coisa?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 08:46


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2009
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2008
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D