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Em Lisboa, vivia num apartamento, sem varandas, nem jardim, nada.
Ansiava por um espaço onde pudesse pelo menos fazer refeições cá fora, nem que fosse uma pequena varanda, onde coubessem três cadeira e uma mesa, para aproveitar o sol.
Aqui, tenho uma casa com jardim nas traseiras, uma mesa grande e quatro cadeiras e anseio pelo sol de Lisboa, para poder fazer refeições lá fora...
Isto de nunca se estar satisfeito com o que se tem...cansa!
Quero ir de férias, quero muito ir a Portugal, rever todos e cada um, mas ao mesmo tempo tenho receio e ansiedade face ao que poderei encontrar...
Há quem entretanto parta para outras paragens e sei que já não vou abraçar, há quem possa estar sem emprego, ou prestes a ficar sem ele, há quem queira mudar de vida, mas não lhe permitem.
Não é fácil lidar com isto daqui, menos ainda chegar e confrontar-me com tudo isto, sinto como que o desejo de estar deitada na praia, de uma sardinhada ou de um gelado numa qualquer esplanada de desvanecesse, como se eu não tivesse direito a nada disso, porque há quem sofra, há quem esteja a passar por situações complicadas, ao meu lado...mesmo ao meu lado.
Como se a vontade se sorrir se apagasse perante as lágrimas de outrem.
A única coisa boa e certa que sei que vou encontrar são braços abertos, onde me vou recolher e sentir regressar a casa, ainda que momentaneamente...
Sim, leram bem, fechada em casa!
No Sábado, o meu marido enfiou a minha chave no bolso do casaco dele, hoje saiu, fechou a porta à chave e foi trabalhar.
Eu acabei de dar o pequeno almoço ao nosso filho, vesti-o, acabei de me arranjar, vestimos casacos e restantes agasalhos e eis que não havia chave para abrir a porta.
Poucos minutos depois, confirmava-se telefonicamente onde estava a chave.
Agora tenho uma criança a dizer-me de 10 em 10 minutos que quer ir para a escola...
Ontem não saímos de casa por causa do mau tempo, hoje vai pelo mesmo caminho.
Na semana passada o meu esposo esqueceu-se de desligar o aquecimento, tivemos o aquecimento ligado quase 24h.
Agora isto...
Eu bem sei que as responsabilidades no trabalho são muitas e mais não sei quê.
Mas que isto está a começar a mexer comigo de uma forma séria, não nego.
Deixem lá ver o que virá a seguir...
fazer a mala para ir passar o fim de semana à terra.
Pronto, era mesmo só isso...
A cirurgia cardíaca da minha Mãe, apesar de alguns precalços pelo meio, correu bem e teve um pós-operatório normal.
Contudo, ao realizar uma ecocardigrama para certificar a alta hospitalar, denotaram liquído à volta do coração, não conseguiram perceber se está a surgir ou a desaparecer.
Ficou mais um dia para vigilância, acabaram por lhe dar alta ontem e na sexta terá de voltar para repetir o exame e deverá trazer os bens necessários, caso seja necessário o novo internamento.
Tenho que ressalvar que os meus pais vivem a 128 quilómetros do hospital o que perfaz 256 quilómetros a percorrer na sexta feira para ir fazer um exame, em estradas que tão bem conhecemos, e depois de uma cirurgia desta envergadura.
Regressou a casa com mil e uma indicação, no caso de febre, dores ou qualquer outro sintoma para contactar os médicos e/ou dirigir-se ao hospital, porque no fundo eu acho que ela deveria ter ficado sob vigilância em internamento, mas todos sabemos como são necessárias as camas de hospital aliada à vontade da minha Mãe de regressar a casa, nada houve a fazer.
Resta aguardar serenamente, suplicar ao Alto, que além de um Novo Papa íntegro, comunicativo, carismático e aberto à mudança, olhe também pela minha Mãe...
A operação correu bem, espero que ela recupere bem e depressa.
Obrigada a Ti e à equipa que tão bem lideras-Te...
Muitas...mesmo muitas, canalizadas ali para os Hospitais da Universiade de Coimbra, onde anseio que um coração volte a bater compassado.
Porque apesar de tudo, já tenho viagem marcada para terras lusas, já só penso no calor, no verão, nos abraços, beijos e colo que vou dar!
E numas coisitas que gostava muito de adquirir até lá, para compor o roupeiro e adequá-lo ao sol, que espero também há-de espeitar por aqui!
Para os meus pés de cinderela, 36, se faz favor!
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