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Desmoronar

por o que procuro, em 28.02.13

Os pilares também desmoronam?

E quanto tempo levam a reerguer-se?

E ficam da mesma forma que eram antes de se desmoronarem?

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publicado às 07:44

Das dificuldades da vida por cá

por o que procuro, em 27.02.13

Esta semana, uma portuguesa que conheci aqui que veio nas mesmas circunstâncias que eu, o marido arranjou emprego cá e trazia uma criança com menos de um ano, regressou a Portugal, diz-se não ter perfil para emigrante.

 

Não julgo, nem condeno, porque sei bem das dificuldades da vida por aqui, devem ser raros os dias que não se olha pela janela e se deseja fazer a mala e ir embora, o tempo, este tempo que até nos altera a disposição, dias sem fim, neste momento quase quinze, sem ver sol só chuva, nublado e frio.

Há meses que não sei o que é sair para a rua sem um casaco quente, gorro, luvas e cachecol, botas e agora ainda se lhe somou os collants por debaixo das calças.

Estamos todos pálidos, sem cor, nem o blush me salva, as olheiras fundas, o cansaço e a irritabilidade a tomarem conta de nós, além de outros sintomas físicos que o corpo demonstra, por não se adaptar a esta falta de luz solar.

 

Depois há tudo o resto, a comida, que por aqui não tem nada a ver, eu tive a capacidade de me reinventar, de descobrir coisas novas adequadas ao nosso paladar, mas claro que sinto falta de alguns ingredientes e dos sabores portugueses que não consigo reproduzir, a prostração dos dias, o tomar conta de uma criança quase durante 20 horas por dia, sete dias na semana, sem ajudas, sem falhas, o que por vezes me consome e me ultrapassa.

 

Mas decerto que o pior de tudo é a ausência de todos e de cada um, da família e dos amigos, há o skype e o telefone, mas nem todos têm acesso ao skype e as chamadas telefónicas são caras, acaba-se por falar pouco com as pessoas, por não estar tão presente na vida deles, nem eles na nossa.

Acabamos por estar devotados ao isolamento, passam-se semanas que não falo português presencialmente com alguém, a não ser o meu marido ou com o meu filho, que não bebo um café com uma amiga (quais amigas?!), há meses que não saio desta cidade onde vivemos, que não vejo mais do que as caras das pessoas com quem me cruzo, as mesmas lojas e os mesmos espaços de lazer.

 

É fácil? É aceitável? É tolerável?

Pode até ser, mas julgo que só para alguns.

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publicado às 14:25

Aconteceu-me...

por o que procuro, em 26.02.13

Qual seria a probabilidade de estar numa missa católica em Inglaterra, ouvir e música do final e pensar que me era familiar?

 

Não muita, mas aconteceu-me, ouvir a música e pensar que conhecia de algum lado, acabei por vasculhar nos cd's de música de Igreja que tenho aqui no computador e encontrei-a, faz parte de um cd ecuménico "Encontratei o Teu olhar".

 

Se quiserem ouvir a versão em português, cliquem aqui e ouçam a música número 9 "Brilha Jesus".

 

A versão em inglês, fica aqui:

Tenho uma memória músical de que me orgulho...muito!

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publicado às 09:00

Quem me viu e quem me vê

por o que procuro, em 25.02.13

Hoje é segunda-feira, dia de jantar vegetariano cá em casa, acabei de arranjar e pôr no forno um tabuleiro cheio de legumes para assarem.

Enquanto o fazia pensei o que fui e o que sou, a volta que a minha/nossa alimentação levou desde que aqui chegámos, nunca me imaginaria a comer, nem sequer fazer certo tipo de pratos, vegetarianos então, menos ainda.

 

Mas a idade, a consciência e sobretudo o contacto com outras realidades leva-nos à mudança, de hábitos e depois de vida.

Ainda ontem comentava com o meu marido, cada vez que vamos de férias a Portugal engordamos, e não é pelo muito que comemos, é pelo forma como comemos e como as coisas são confeccionadas, não é melhor, nem pior, é apenas diferente daquilo que estamos aqui habituados e o corpo ressente-se desssas alterações.

 

Mas o que importa é que vai sair, tarda nada para a mesa, uma ratatouille de legumes no forno com massa!

 

Ratatouille and mozzarella pasta

Imagem e receita daqui

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publicado às 18:06

Em fase final

por o que procuro, em 24.02.13

Foram dias cansativos estes, para todos, mas principalmente para aqueles que desbravaram a minha casa, como a minha Mãe comentou: "tudo arrumadinho, muito arrumadinho, mas tanta coisa, tanta coisa!"

 

Não foi fácil para mim assistir a tudo isto, ao longe ver abrir portas e ouvir suspirar pela quantidade de coisas ainda por escolher e arrumar, fiquei angustiada, cansada à distância, a sentir-me muito mal por não estar ali, arregaçar as mangas e ser eu a fazer.

 

Houve quem comentasse que não sabemos do que nos livrámos, ao estarmos longe na efectuação de tão ardilosa tarefa, magoou-me imenso o comentário, porque só quem não me conhecesse achou que foi fácil para mim, que me senti bem com tudo isto, porque está longe de ser a verdade, foram noites mal dormidas, de preocupação.

Talvez só hoje à noite ou talvez amanhã, o meu coração voltará a bater compassado e com alguma calma, agora que tudo já foi organizado, arrumado e espera por um rumo futuro.

 

Descobri mais uma vez com quem posso contar, de que fibras são feitos aqueles que me rodeiam, alguns familiares, outros nem tanto, mas não menos importantes nas tarefas que desempenharam.

 

Esta semana, novas pessoas entram, ocupam o espaço, espero que tomem a casa como sua, que a cuidem e que naquelas paredes, apesar de tudo o que passei, sejam tão felizes como fui e sou.

 

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publicado às 16:58

Uma semana do diabo

por o que procuro, em 21.02.13

Começou logo na sexta, com pequena criatura a queixar-se dos ouvidos, no sábado dos olhos, no domingo fomos às urgências, voltámos para casa sem medicação, mas na certeza de que vai passar, com tempo, paciência, muito chá e amenas temperaturas (um assunto para outro post).

As noites nesta casa transformaram-se num autêntico baile, de levanta-deita, dá xarope para a tosse, dá água e pequena criatura a ir para a nossa cama quando está pior.

 

Na segunda, na capital portuguesa, entraram-me pela casa a dentro, a minha Mãe, o meu cunhado, um amiga do peito e vá de abrir portas, tirar tudo para fora encaixotar entre coisas para casa da mãe, coisas para Newbury, coisas para dar, coisas para deitar fora. Foram três dias de trabalho árduo, comigo e com o marido do outro lado do computador a dar indicações, a assistir aquele trabalho desmesurado, feito com constrangimento por eles e assistido com sofrimento por nós.

 

Hoje, por estas horas, uma transportadora está a recolher os bens que hão-de seguir viagem até terras de Sua Majestade Isabel II e fica o restante, que amanhã, há-se ser carregado ainda pelos mesmos familiares, numa carrinha alugada para seguir viagem para a Beira Alta.

 

Dia 28 entram os novos inquilinos lá para casa, tive a sorte e a protecção se serem amigos, conhecidos e fazerem há algum tempo parte da nossa história de vida, pelo que estamos minimamente descansados quanto à entrega e vivência da nossa casa.

 

Mas até que este dia chegue, que as coisas se encaminhem, tomem um novo rumo, têm sido noites muito mal dormidas, dores de cabeça e o coração arrebatado por todos estes acontecimentos.

 

Acho que posso e devo, dizer aqui publicamente e fá-lo-ei em privado, quanto antes, que há pessoas que apesar do laço de familiaridade e de amizade que nos une, fizeram por nós o impensável, entregaram-se numa tarefa única e muito nossa, como se fosse deles e isso acho que não tenho como agradecer, apenas mencionar que os admiro imenso e que têm há muito um lugar muito próprio, no meu coração e na minha alma.

 

 

Ficheiro:Obrigado.jpg

 

 

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publicado às 09:56

Incongruência de pensamento

por o que procuro, em 16.02.13

Cada vez que escolho feijão para cozer lembro-me sempre dos nazis, comparação simplista e incongruente bem sei, mas o acto de seleccionar, de escolher, de deitar fora o que não presta, como se os fejões que não são padronizados não fossem saborosos ou idênticos a todos os outros que vão para dentro do alguidar com água fria para pernoitarem e seguirem para o tacho.

 

Pensamentos à parte, já deu para perceber que o almoço amanhã é feijoada?

E vamos ter direito a farinheira, que comprei na lojinha portuguesa aqui do burgo...paga a preço de ouro, mas dane-se, não como as notas no prato!

Ó anseado Domingo solarengo e com almoço português que tardas em chegar!

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publicado às 20:49

À distância

por o que procuro, em 15.02.13

É como assisto a tudo o que ocorre lá longe, aos convívios, passeios, festas e fotografias do amigos, à tese de mestrado de uma amiga, à gravidez de uma familiar, ao desmentelamento da minha casa, aos novos inquilinos que hão-de chegar, a uma cirurgia de um dos progenitores...

 

Tudo ao longe, à distância, como se estivesse sentada numa sala de cinema, a ver um filme, a rir e a chorar com o que passa na tela, a manifestar-me contra o sofrimento e a dor, a partilhar a alegria, mas sem ter direito a um gesto, a um afago, a um abraço, nada.

 

Simplesmente sentada, por vezes em frente ao computador, a corromper-me pela ansiedade e pelo medo.

Apesar da confiança que deposito em cada um, o coração fica pequeno, minúsculo perante tudo o que acontece do outro lado e tece uma teia imensa, feita de amor, de gratidão mas essencialmente de saudade.

 

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publicado às 15:33

Sabem uma coisa?

por o que procuro, em 08.02.13

Os dias já estão maiores!

São estas horas e ainda é de dia na rua e ainda se vê alguma coisa cá em casa sem a luz acesa.

 

Claridade, sol e calor, vinde a mim que preciso de vós como de pão para a boca!

 

Blog de ganheonlineextra :Filmes-Música-Húmor-PTC e mais ..., Claridade - 3D HD - Wallpaper

 Imagem da net

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publicado às 17:10

E que bem que sabe!

por o que procuro, em 07.02.13

Encontrar uma amiga portuguesa logo pela manhã, tomar um café juntas, estar 30 minutos na conversa!

Ganhei o dia!

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publicado às 13:35

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