O que procuro?

Porque pesquiso o que preciso nos sites todos das lojas existentes aqui no burgo e faço descobertas como esta:

No Sainsbury's - 3.50£

Na Superdrug - 3.39£

Na Wilkinson - 2.97£

O Reino Unido é composto por um conjunto de ilhas e Newbury fica a escassos quilómetros do mar, uma hora de carro, para ser mais concisa, o que não significa que haja peixe em abundância por estas bandas.

Vê-se nos supermercados peixe já preparado com molhos: molho de manteiga com endro ou aneto, molho de piri-piri, lima e gengibre, entre outros, basta destapar a embalagem e levar ao forno.

Ora nada disto se compara a uma dourada no forno, ou até uma pescada fresca cozida com legumes (até disso sinto falta!).

Esta semana na minha pesquisa por receitas para a ementa semanal, deparo-me com uma receita de peixe assado no forno simplesmente com limão, acompanhado de batatas e ums salada de tomate e pensei, vou tentar fazer!

O marido quando chegou a casa e viu as escolhas, concordou, mas questionou-me logo acerca de onde iria encontrar o peixe fresco e inteiro!

Pensei no peixeiro do mercado, há mercado à quinta e ao sábado, mas apenas à quinta-feira é que está um senhor com uma carrinha que vende peixe fresco, já tinha reparado que era caro e a escolha não era muita...

Hoje lá fui, como vi que não havia peixe inteiro de tamanho aceitável para assar, perguntei ao senhor o que me recomendava para assar no forno, aconselhou-me um peixe branco que não sei precisar o nome e cortou quatro postas, pesado e com preço atribuído, pedi também salmão que estava exposto num filete enorme, do qual o senhor cortou três postas.

Assim, pela módica quantia de 20£ (+/-25€) trouxe peixe fresco para duas refeições e para a semana vai haver peixe assado no forno nesta casa portuguesa em Newbury!

A traduzir receitas portuguesas para inglés, para as amigas fazerem!

Desta feita, foi a tarte de natas, para uma amiga húngara, casada com um português.

Deixem lá ver o que é que isto vai dar!

Recebi uma carta em casa para fazer um exame citológico, como tinha mencionado aqui, hoje foi o dia.

Telefonei para a clínica para fazer a marcação prévia, referi que pretendia fazer o exame e obter uma receita de contraceptivos, marcaram-me com uma enfermeira que podia fazer ambas as coisas, para ontem.

Fui um bocadinho ansiosa, porque ia sozinha e não me fazia acompanhar pelo meu "inglés" de serviço () e pelo que ia fazer, que por muito que se queira, não é nada agradável.

A enfermeira já tinha alguma idade, atenciosa e calma, fez-me as perguntas da praxe, percebemos que devido ao facto de ter realizado o exame há pouco tempo, antes de vir para cá, não seria necessário fazê-lo novamente, mas pelo facto de existir uma base de dados com as mulheres em idade de fazer este exame, sem qualquer registo a meu respeito, acabariam por me obrigar a assinar o termo de responsabilidade em como eu não o queria fazer, pelo que assim, já fica registado para a posteridade!

Mediu-me a tensão arteriar, fez-me o exame e deu-me uma receita dos contraceptivos que utilizo para seis meses. Questionei se a cada seis meses deveria fazer uma marcação  para me prescreverem uma receita, respondeu-me que sim, para controlarem a minha tensão arterial e verificar o meu estado geral.

De referir, que bastou-me dirigir-me à farmácia entregar a receita, trazer os ditos contraceptivos, sem pagar nada (poupo cerca de 12€ por cada embalagem, pelo preço das farmácias portuguesas!) e a consulta e o exame também foram gratuitos. Este é o estado do Serviço Nacional de Saúde no Reino de Sua Magestade Isabel II!

O Simão continua a não estar perfeitamente integrado na creche, está no mesmo grupo do ano passado com as mesmas educadoras, fica bem, mas quando o vou buscar vem a chorar, farto-me de o questionar se aconteceu alguma coisa diz-me sempre que não. Ontem foi ao contrário, não queria ficar, chorou agarrado a mim.

Ele ainda não fala explicitamente e apesar de ser eu a pessoa que melhor o entende, ainda há muita coisa que me é imperceptível, acho que isso também não ajuda, ele não se faz entender, não verbaliza o que sente, nem o que o apoquenta. Menos ainda com o pessoal da escola e com as outras crianças, dado que não fala inglés.

Sempre achei que o facto de não falar a língua inglesa, para ele, não fosse uma barreira, mas à medida que o tempo passa, dou-me conta de que não é tão simples quanto parece, porque a linguagem é sem dúvida o meio primordial de comunicação entre todos, sendo utilizada pelas educadoras para com eles e se eles não conseguem perceber, nem responder, perdem-se naquilo que estão a tentar vivenciar.

Ás vezes questiono-me de como reagiria um adulto, ao ser entregue ao cuidado de terceiros desconhecidos e sem perceber ou falar uma única palavra do que lhe seria dito, se seria capaz de aceitar o desafio, dias e meses seguidos...

Depois há toda uma forma de estar e de organização às quais não estamos habituados, as crianças apesar de pertencerem a um grupo e terem duas educadoras adstritas, circulam muito à vontade pelo recinto, pelas várias actividades e nas casas de banho, o que parece ser muito benéfico, acaba por não ser, neste "cada um por si", os acidentes acontecem e ninguém vê, além de satisfações de necessidades básicas, sem qualquer tipo de acompanhamento, se é que me faço entender!

Se ao princípio me senti reconfortada com o facto de ele ficar lá durante umas horas, à medida que o tempo passa e que vou tendo mais conhecimento da realidade e da forma como as coisas funcionam, sinto menos esse sentimento e começo a achar que ainda bem que ele não fica lá mais tempo.

Tenho saudades da Fundação D. Pedro IV - Casa da Junqueira, do pessoal que lá trabalhava, da segurança que sempre me transmitiram, da partilha, do apoio e acompanhamento incondicional, houve desacordos, situações mais complicadas, mas nunca me senti insegura ou receosa pelo facto de lá deixar o meu filho, já aqui...

A minha pele é mista, oleosa na zona T e seca no restante rosto.

Tive um problema grave de acne na adolescência, que tendo sido menosprezado, me deixou com marcas, que julgo serem para o resto da vida.

Por isso, se na loucura da adolescência, andava de cara lavada, hoje não saio à rua sem ter alguma protecção e cobertura no rosto.

As bases sempre foram primeira opção, mas desde que ouvi falar nos BB cremes, andava curiosa para os experimentar e perceber se seriam adequados para mim. Percebi que os originais, provenientes da indústria de produtos de beleza sul coreana, deviam ser mais adequados ao meu tom de pele, um branco leitoso, ou amarelado, conforme preferirem! E decerto, não me enganei!

O primeiro exemplar que experimentei foi o "Hot Pink Super Plus Blemish Balm", um creme com cor, hidratante que controlava a oleosidade da pele, atribuíndo-lhe um brilho saudável, sem a tornar pesada.  

Gostei bastante do resultado, claro que é mais expesso do que uma base normal, mas cobria bem as minhas imperfeições, tem um tom um pouco acinzentado, contudo depois de aplicado, adaptava-se ao meu tom de pele. Bastava um corrector de olheiras, um pó compacto para ajudar ao controlo da oleosidade e estava pronta a sair de casa.

Entretanto cheguei ao Reino Unido e pude, através da internet, receber em casa uma amostra gratuita do BB creme da Garnier:

Comigo não resultou, tem uma textura muito mais leve, não cobria de todo as minhas imprefeições, apesar de eu ter consciência que não se trata de uma base e tinha um brilho, que conjugado com a minha oleosidade, não conferia um aspecto muito digno à pele do meu rosto.

Terminada a embalagem do "hot pink BB cream", fiquei sem saber o que fazer, depois de alguma pesquisa, descobri o "BB Vital Cream", com um factor de protecção solar elevado e como estávamos no Verão, pareceu-me mais adequado. Conjuga a protecção solar, com hidratação, anti-rugas e clareia a pele. 

Tem uma textura mais leve do que o "Hot Pink", além de ser mais claro, basta umas gotas para ficar com a pele com menos imperfeições visivéis, corrector de olheiras e pó, fazem-me chegar ao fim de um dia, sem problemas de maior.

Gosto destes BB Cream, da Skin 79, são mais espessos do que o que se encontra por aí no mercado, adequados ao meu tom de pele e como são hidratantes com cor e protecção solar, não preciso de sobrecarregar a minha pele com mais nada! Além de que as embalagens trazem doseador, o que facilita em muito a aplicação e a durabilidade dos produtos.

Adquiri, os meus BB Creams da Skin 79, online, na Loja da Janina.

Tenho um cabelo com "jeitos", nem liso, nem com um encaracolado definido, sempre baço e sem vida e se outrora foi oleoso, hoje em dia, fruto das agressões das madeixas e tintas aplicadas, está seco.

Quando aqui cheguei, senti que a água, bastante calcária ainda agudizou mais este problema, pelo que achei que era tempo de investir nalguma coisa que me ajudasse a ultrapassar isto, assim, o que tenho usado:

Ambos foram produtos recomendados pela minha cabeleireira, o do frasco vermelho, o Uniq One é um spray que se pode aplicar tanto em cabelo húmido, depois de lavar, como no cabelo seco, tem dez características publicitadas na embalagem e uma delas é sem dúvida deixar o cabelo mais macio e hidratado.

Esta já é a segunda embalagem que uso, dura bastante tempo, costumo fazer duas ou três aplicações, no cabelo húmido, dias sim, dia não e notam-se os resultados.

O preço, se ainda não mudou são 16€ e adquire-se em cabeleireiros.

O orofluido, já há muito que tinha lido sobre ele, em blogues diversos, um elixir de beleza, composto por três óleos naturais e orgânicos, que lhe conferem uma textura única que proporcionam brilho, nutrição e suavidade ao cabelo.

O preço sempre foi o seu pior inimigo, ronda os 25€ um frasco com 100 ml, adquiri-o através da amazon, ficou mais em conta, mas caro, ainda assim.

O facto é que cumpre o que promete, se ao princípio me mostrei céptica, o marido foi o primeiro a achar o cabelo mais macio ao toque, hoje, mais de um mês depois de uso frequente, noto a diferença.

A vantagem é que este ambalagem vai durar um eternidade, como podem ver pela foto, depois de mais de um mês de uso, não falta quase nada, isto também se deve ao facto de que bastam uma gotas para surtir efeito.

Eu uso no dia em que lavo o cabelo, quando este já está seco e apenas nas pontas.

Estes produtos funcionam comigo, não sei se serão os mais acertados para toda a gente, contudo, fica a partilha.

Saber-se das novidades e dos projectos para o futuro, pelo telefone ou pelo skype, não poder escutar presencialmente.

Mais difícil ainda será estar longe quando os projectos se concretizarem e se tornarem realidade, não estar presente para acompanhar, sentir e partilhar...

Mas mesmo longe estou genuinamente feliz por eles, porque afinal a vida não pode ser só tristezas e problemas para resolver, também é feita de alegrias, de projectos sonhados e concretizados que nos conferem um sorriso ao rosto e harmonia na vida, que tanta falta nos faz.

Há pessoas com as quais não falo há meses, nem presencialmente, nem de outra forma e eis que de repente, aparecem no chat do Facebook com a seguinte conversa:

Alguém: Está tudo bem com vocês?

Eu: Sim, e por aí?

Alguém: Já estás a trabalhar?

 Como?! Aquilo com o qual a outra pessoa se preocupa, acerca desta nossa mudança radical de vida é: Se já estou a trabalhar!?

 Questionado friamente, ao fim de quase um ano sem uma palavra sequer?

 E que tal: Como está a ser a adaptação?

 Gostas de estar aí?

 Não?!

Eu ouço com cada uma!