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Um mês que o meu coração apertado, voou de Lisboa para Newbury, com um filho ao colo e uma mala a tiracolo, para voltar a bater compassado com o de alguém.
Estou viva, ainda a tentar integrar-me, a tentar deslindar os caminhos que quero trilhar por aqui, na certeza de que a minha família e o meu filho estão em primeiro lugar.
E este meu coração continua apertado, por tudo o que deixou, mas muito pelas imensas saudades que sente...
Hoje foi o que sentiu esta manhã com o toque do carteiro na nossa porta, duas encomendas para nós!
Uma trazia o biokill (sim, as ditas cujas ainda partilham connosco o nosso lar!) e a outra os livros da Visão, da colecção "dicionário visual bilingue", mais uns miminhos para o pequenote, que delirou! Andava de volta de mim a repetir: abre mãe, abre mãe! Depois foi vê-lo ficar em extase, com os livros, as imagens e as cores...
Hoje revivi aqueles dias da minha infância, em que ficava maravilhada quando o carteiro trazia uma encomenda de Paris para mim, com roupa, calçado, livros ou brinquedos e até mesmo chocolates. Ficava tão contente com aquelas coisas, mas no fundo sentia ainda mais a falta de quem as tinha remetido.
De facto, as saudades não matam, mas moem...e muito...
Da serenidade, do acordar e sermos três na cama para brincar um bocadinho, do pequeno almoço sem pressas, do banho juntos, do sair de casa.
Da ida ao mercado, dos cheiros, das cores e sabores, da novidade das frutas e legumes, da ida até ao parque, das gargalhadas sonoras que ele dá quando o pai o empurra no baloiço, dos patos e cisnes que vêm a correr à espera do pão, do regresso a casa, com o sol a bater na cara.
Do almoço, cuja receita é sempre uma descoberta, da tarde, calma, em que os sabores e cheiros do bolo da semana e da sobremesa para o almoço de domingo, enchem a casa.
De facto, gosto dos sábados...
A sobremesa deste Domingo, daqui.
Ontem, o marido saiu mais cedo, fomos a uma clínica aqui perto, entregar as nossas fichas de inscrição, para termos acesso a um médico de família, seguimos para as compras, chegámos a casa, cansados, atulhados de sacos, já passava das 19h, ainda era preciso dar banho ao pequenote e fazer o jantar...
Passámos à porta do Burguer King, o cheiro e a facilidade que aquilo representava...mas o dinheiro! Pesa-me sempre a consciência, porque contamos literalmente os tostões por aqui, e o dinheiro gasto podia dar para outra coisa... Mas, e a vontade? Há imenso tempo que não fazíamos um devaneio, mesmo que fosse comer fast food.
Cedi! Ele foi comprar o jantar, arrumei as compras todas e dei banho ao miúdo. Este, mal o pai chegou a casa e ouviu falar em batatas fritas, deleitou-se, direitinho à cadeira dele. Comeu nuggets e batatas fritas com maionese, como se fosse o melhor manjar! E o sumo?! Um sumo de frutos vermelhos que devorou, dizendo repetidamente: é bom! É bom!
Estreou-se o membro mais novo na junk food, como se tivesse comido um jantar gourmet, num qualquer restaurante 5*!
Rápida esta pequena criatura a adquirir novos hábitos, por muito maus que sejam...
Esta túnica e o vestido, a fazer "pendant" para veranear no calçadão da praia de Quarteira!
Tudo da New Look
Não me importava nada que estes dois exemplares viessem parar cá a casa!
Este é da Panache
Este da Victoria's Secret
Há dias em que só me apatece fechar a porta, deixá-los cá os dois, meter-me no primeiro avião para um país quente, com um biquini na mala e as minhas caixas de anti-depressivos...
A cultura e política infantil, diferem em muito daquilo que estamos habituados, as crianças até à idade dos 3 anos ficam preferencialmente em casa, sendo que a mãe pode trabalhar em part-time ou se os meios o permitem, ter uma ama. A partir dos 3 anos de idade, o Estado financia 15h por semana gratuitas para a criança frequentar o ensino pré-escolar.
Até lá as creches funcionam em part-time, por períodos de 5h, durante a manhã ou a tarde e não têm as refeições incluídas. Isso não significa que a criança não permaneça o dia inteiro na creche, mas a base de pagamento são períodos de 5h que podem atingir as 20£, se atentarmos que 20£ por 3 manhãs já serão 60£ por semana e consecutivamente 240£ por mês, imaginem se a criança frequentasse a creche o dia todo!!!
Portanto, face à possibilidade de uma vaga numa creche que nos foi recomendada aqui na cidade, é necessário fazer e refazer contas, perceber que é mais um peso no orçamento familiar e o preço apresentado fica longe (para menos!) do exemplo que vos dei... O período da manhã inicia-se às 8h50 e dura até às 11h40, se a criança permanecer para a refeição, terá de a levar consigo e tem um custo acrescido, pela necessidade de supervisão.
O período da tarde inicia-se às 12h30 e termina às 15h20, sendo que as crianças da tarde e da manhã se encontram no período do almoço, aquelas que o fizerem! Mas é recomendado pela Instituição que as crinças almocem, pelo menos uma vez na semana, para interagirem com os restantes colegas.
Os períodos de inscrição são três ao longo do ano, pelo que o Simão irá iniciar-se nestas lides em Abril, com uma frequência de três manhãs por semana, uma delas com almoço, isto tudo suportado por nós, porque como só perfaz 3 anos em Maio, apenas no período seguinte, em Setembro, terá direito às 15h gratuitas.
...estão a ler em inglês e não se recordam do significado da palavra em portguês!
Ó Senhores, isto está péssimo!
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