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Talvez seja uma das minhas maiores fraquezas, a comida em geral e o chocolate em especial, não qualquer um, nem de qualquer forma, mas faz parte das minhas preferências, senão vícios!
Há já algum tempo que tinha vontade de comer uma fatia de bolo de chocolate, imaginava uma fatia do melhor bolo de chocolate do mundo, ou de bolo brigadeiro. No fim-de-semana ainda andei à procura da receita deste último e verifiquei se tinha os ingredientes em casa, depois de ponderada a questão, achei melhor ficar sossegada, porque iria acabar por ser eu sozinha a degustá-lo!
Mas a semana está a ser árdua, nada fácil MESMO e eu hoje pensei: que se lixe, eu mereço...eu preciso!
Ao navegar, no fabuloso blog da Leonor de Sousa Bastos, encontrei esta delícia e hoje a versão para a bimby, aqui.
Se depressa o vi, mais depressa o fiz!
Eis o resultado:
Porque a vida tem de ter estes pequenos prazeres!
Uma conjuntivite, duas otites e talvez uma amigdalite apoderaram-se do frágil corpo com 18 meses do meu filho.
Não sei que mais me custa, se vê-lo chorar e ficar prostrado por causa das dores e do desconforto, se vê-lo chorar de cada vez que é preciso aplicar o nebulizador, as gotas e o xarope...
Bem sei que é para o bem dele, mas é difícil, não só porque é a primeira vez que estamos perante um cenário destes, mas também porque ele não entende porque o sujeitamos a tamanha crueldade.
Estremeço cada vez que decorrem as 8 ou as 6 horas que nos obrigam a mais uma aplicação do tratamento e anseio para que chegue o próximo fim-de-semada. Começo a acreditar que não há nada pior que a dor dos nossos filhos.
Hoje seria assim:
A vós mulheres, que a cada dia, apesar dos dois filhos que trazem a braços no autocarro, para deixar na creche, vêm maquilhadas e com as unhas arranjadas.
A vós outras, que apesar destes dias frios, com chuva e vendaval, não desarmam e vejo-vos envergar vestidos e saias.
E ainda a outras que apesar da calçada e do desconforto, trazem nos pés sapatos e botas de salto alto, durante um dia inteiro de trabalho.
Admiro-vos e não posso deixar de vos congratular, pela atitude, pela perseverança e pela capacidade apesar das agruras do dia-a-dia.
Para muitas que como eu desesperam, são um exemplo, porque nos mostram que apesar de tudo, é possível!!
Dizem-me que o que está agora a dar é ter "amizades coloridas", definem-nos como relacionamentos ocasionais com alguém, onde apenas se conjugam disponibilidades para se estar pelo puro prazer, sem compromisso, nem segundas intenções.
Questionei, se não se cansam de ser apenas uma relação momentânea, para vivência do prazer que proporciona a ambos, sem qualquer outro vínculo.
Respondem-me que não, é bom e pronto, o que interessa e estar-se bem com esse alguém, viver um dia de cada vez, sem pensar no amanhã.
Perguntei se essa relação tinha prazo, ou quando se cansassem dessa pessoa ou vice-versa o que fariam?
Dizem-me que terminada esta relação colorida, procurariam outra.
E eu voltei a perguntar outra relação, nos mesmos moldes, para quê?
Dizem-me que hão-de encontrar alguém que signifique mais do que a simples "amizade colorida"!
Chego à conclusão que qualquer que seja a forma de vivência das relações amorosas, verdadeiros namoros, amizades coloridas, ou one night stand, no fundo todos procuramos alguma estabilidade emocional, o vínculo que nos há-de ligar ao outro, que nos há-de identificar, fazer partilhar e querer estar com outra pessoa, pelo puro prazer, mas também pelo vínculo emocional e por tudo o que isso nos proporciona e faz reflectir na vida de cada um.
Tem 18 meses e o mundo é visto desta forma:
Os seus abraços e beijos, são o melhor alento!
Há quem não consiga estar só, há pessoas a quem a solidão pesa, oprime, constrange.
Estar só não é fácil e acredito que não seja para qualquer pessoa.
Chegar a casa ao fim de um dia de trabalho e não ter com quem falar, partilhar, estar, nem que seja no silêncio, é para quase todos difícil, exige adaptação, novos hábitos e rotinas.
Mas isto não significa que estar só seja sinónimo de não ser feliz.
Haverá algo melhor do que estar connosco próprios?
De nos reencontrarmos, de nos conhecermos, só nós, no silêncio, com alegria ou tristeza, pouco interessa, porque somos e estamos somente nós.
Acredito que possa ser um fardo, para quem está habituado a outra forma de vida e a outras partilhas, mas não acredito que se seja menos feliz por se estar só.
Quantas relações a dois não trazem qualquer tipo de satisfação ou mesmo companheirismo a ambos?
Bem sei que também haverá quem esteja sozinho e procure desesperadamente companhia para vencer a solidão.
Contudo, pode aprender-se a estar só e a gostar da nossa própria companhia, acredito que é só uma caminhada, mas nem todos somos capazes de a percorrer...
Imagem daqui
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