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“For what it’s worth: it’s never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There’s no time limit, stop whenever you want. You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you’ve never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you’re proud of. And if you find that you’re not, I hope you have the strength to start all over again.”
in O estranho caso de Benjamin Button
Esta é uma questão pertinente, que cada vez mais me assola, creio que por muitos planos que se façam e objectivos que se deliniem, raramente o dia decorre conforme o previamos.
Pelas mais variadas circunstâncias, por vezes simples telefonemas, encontros e desencontros, o dia vacila, transforma-se, foge-nos por entre os dedos e por muito que não estivéssemos à espera daquele desfecho, daquela situação, enfrentamo-la, vivêmo-la e de uma forma ou de outra, acaba por fazer parte integrante daquele dia e de nós mesmos, para sempre.
É ter uma noite pavorosa, porque adormeceu com febre, está congestionado, acorda todo entupido n vezes durante a noite, nos intervalos perde a chucha e volta a choramingar e ainda temos que monitorizar a febre...
É ouvir o despertador tocar de manhã e não acreditar que a noite já passou e temos que sair do conforto momentâneo da cama.
É chegar à casa de banho, olhar casualmente para o relógio e verificar que nos levantámos uma hora mais cedo...porque uma criatura brincalhona se lembrou de mexer no botãozinho que adianta a hora automáticamente do relógio despertador dos pais...
(supsiro...)
No seguimento do que alguém escreveu e que eu fiz palavras minhas, continua a insatisfação com entidades patronais e afins.
Hoje fui ao Centro de Emprego da minha área de residência, cancelaram a minha inscrição quando se aperceberam que tinha uma criança ao meu cuidado, porque não estava disponível para emprego (menos um número nas estatísticas a apresentar pelo Governo aos meios de comunicação...faz TODA a diferença!).
Assim, actualizei e activei a minha inscrição, deram-me uma proposta de emprego na minha área, mas tinha de telefonar para marcar entrevista, até aqui tudo bem.
Liguei para o local, falo com a pessoa indicada e pedem-me para enviar o meu CV por email, para apreciação e verificarem se vale a pena a entrevista ou não...
É que nem se dão ao trabalho de falar pessoalmente com as pessoas, de nos dizerem na cara, que pode ou não ser, que interessa ou não, de negociar esta ou aquela condição. NADA! Não passamos de um número ou de um pedaço de papel que mal reflecte aquilo que somos ou fazemos, muito menos o que queremos e o tanto que temos para dar!
É deste eterno queixume que se fazem os meus dias, ou diria mesmo, a minha vida, de queixas, lamentos e suspiros, sustentados por uma mágoa que se arrasta comigo e consome e com ela acarreta a angústia, a zanga, a inveja, a raiva e o azedume...
E é dificil mudar isto, é ainda mais complicado retirar a carapaça que construí, tendo por base tudo isto...voltar a reencontrar-me, a cuidar-me, a ser eu, sem este fado do lamento que me envolve...
E é por isso que desapereço, porque releio o que para trás ficou e noto que são eternas queixas, eternos lamentos, eternos suspiros, um eterno fado...
E depois ouço o que o Padre Valter dizia no Domingo, acerca do Evangelho, parece que Cristo curou dez leprosos, mandou-os irem apresentar-se ao sacerdotes e apenas um voltou para trás para agradecer a graça concedida...como cada um de nós, queixamo-nos constantemente, de tudo e de nada, nunca nada está bem, tudo é pouco.
Mas se parássemos um instante que fosse, nos detivessemos naquilo que é a nossa vida, no que verdadeiramente temos e somos, pergunto-me não teriamos nós tanto para agradecer???
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