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O meu filho percorre a minha casa a andar sozinho!!!
MEDOOOO!
"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros.
Apreciem cada momento.
Agradeçam...e não deixem nada por dizer, nada por fazer."
Estou certa que a sua caminhada hoje teve um novo princípio...
Paz à sua alma.
Que juntámos as nossas vidas, que dissemos sim, que começámos esta caminhada e apesar de todas as pedras que retirámos do caminho, daquelas que estamos a tentar tirar e das outras que ainda havemos de cruzar, hoje como naquele dia, peço: «que cheguemos juntos a uma ditosa velhice».
Há músicas que reflectem tanto o que fomos, o que somos e o que queremos ser, esta decididamente um caso gritante que nos revela a alma e o coração!
"Sei que me vês
Quando os teus olhos me ignoram
Quando por dentro eu sei que choram
Sabes de mim
Eu sou aquele que se esconde
Sabe de ti, sem saber onde
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Trago-te em mim
Mesmo que chova no verão
Queres dizer sim, mas dizes não
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
E eu sei que dói
Sei como foi andares tão só por essa rua
As vozes que te chamam e tu na tua
Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
Sabes quem sou, para onde vou
A vida é curva, não uma linha
As portas que se fecham e eu na minha
A tua sombra é o lugar onde me deito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Tens uma estrada
Tenho uma mão cheia de nada
Somos um todo imperfeito
Tu és inteira e eu desfeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais"
Do Evangelho Segundo S. Lucas, neste XVII Domingo do Tempo Comum: «Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á»
Por aqui passeia-se, descansa-se e pronto, as férias são para isto mesmo...
O sol, esse, anda-nos a pregar partidas.
A nova mascote cá de casa, o Bobby, junto da mãe Suzy!
A Anta da Matança, um dos muitos monumentos da rota arqueológica desta zona do país.
O Museu do Pão, sito em Seia, vale a pena a visita.
Chegados por volta das 11h, feita que está uma arrumação geral do que levámos, contabilizadas três máquinas de roupa lavadas, estendidas e duas passadas a ferro, incluindo o almoço, jantar, banho e afins ao pequenote, mais uma organização prévia do que irá ser levado até à beira alta, para mais uma semana de descanso, acho que vão sendo horas de estar com os pés de molho a tratar da pedicure e manicure semanal!!
Haja paciência para a vaidade pessoal!
Se eu não gostar de mim, quem gostará??
Se calhar não deveria generalizar, mas do que conheço de Quarteira, também não é muito, posso dizer-vos que é singular, não há por aqui supermercados conhecidos, o Pingo Doce, o Minipreço, o Lidl, ou até mesmo o Intermarché que abundam na capital ou noutras zonas do país, por aqui não existem, resume-se ao comércio tradicional, ou a alguns supermecados característicos desta zona.
Os bancos e atm, com os quais nos cruzamos a cada esquina, por aqui são escassos e quando o que existe ao pé de casa não tem dinheiro há dois dias, como é o caso, é necessário procurar outro, literalmente! Até os bolos da padaria são diferentes, por cá vêem-se caracóis de nozes ou de coco, e outras espécies de que nem sei o nome, mas se quiserem um mil folhas ou um palmier, esqueçam...
Falta referir que os emigrantes, portugueses que estão na França e que regressam a estas paragens para alguns dias de descanso, falam francês entre eles, com os filhos, apenas entrecruzado por um vulgar: "tarda nada já sabes o que te acontece!" ou por um grito para pronunciar o nome dos filhos: Hugo, Sandra, como poderiam ser outros quaisquer, como se este país, a nacionalidade e a língua materna, também já nada lhes diz.
E é nesta especificidade do Sul do nosso país, que gozamos os últimos dias de praia.
Os dias em Quarteira, correm serenos, calmos e languidos.
Muito sol e calor, mas rotinas readaptadas, porque afinal somos seres humanos e não vivemos sem elas...
Os bolos pela manhã da padaria "pão do povo", a caminhada até ao mercado onde compramos peixe para o almoço e o que mais faz falta, o regresso a casa, e a ida à praia, onde o Simão teima em não achar graça à água do mar, mas em contrapartida, adora areia, brinca imenso e parece-nos satisfeito, adaptou-se ao espaço, à casa, às rotinas das férias.
O cansaço destes dias vê-se no entanto nas birras que faz, perto das horas de dormir, as refeições não têm sido facéis, porque a ansia de fechar os olhos é tanta, que custa a comer... Portanto acabamos por ter que cronometrar o tempo para preparar tudo e fazer as refeições.
Contudo, sinto a cada dia que passa a unidade desta minha família nuclear, na partilha de tarefas, no trabalho de equipa, na satisfação com que estamos juntos e isso é o que realmente importa!
Neste momento regresso a Lisboa e as novas tecnologias premitem aproveitar este tempo de viagem para reflectir e extravasar o que me vai na alma.
Ontem foi o casamento de uma prima minha, única prima direita do lado materno, a mais nova e aquela por quem nutro um carinho especial.
Há um tempo para cá, as relações entre os nossos pais (melhor a minha mãe e o pai dela, que são irmãos) resfrearam, fruto de desavenças acerca do ainda e sempre, casas, terrenos, dinheiros, heranças. Sempre pensei que as coisas entre nós se mantinham inalteráveis apesar de tudo, ofereci a minha ajuda no que fosse necessário para a cerimónia, fomos juntas ver dos sapatos, ficou no ar um próximo encontro para a roupa interior e para os apetrechos para o cabelo, que nunca se concretizou.
Ontem, ansiosa por vê-la, estar com ela, fui o mais depressa que pude lá a casa e suspresa das surpresas, fui recebida como apenas mais uma, nem mais, nem menos, apenas mais uma... Nem um beijo, uma exlamação mais efusiva, nada... E foi assim o resto do dia, sempre...
E agora penso o quão estranho isto é para mim, há pouco tempo, passavam todos o tempo enfiados em casa dos meus pais, Natais, Páscoas, almoços, jantares e lancheas aos fins de semana e afins, os meus pais passavam mais tempo em casa de cada um deles a desdorarem-se em ajuda naquilo que eles precisavam, dias, semanas e meses em detrimento muitas vezes deles próprios, e agora é isto um desprezo, um devotar ao esquecimento, apesar da distância de ambas as casas se contabilizar em escassos metros.
Ontem foi a gota de água, sinto-me sem família alargada, penso que se eu me tivesse dedicado mais, entregue tudo o que tenho e sou, seria recebida de braços abertos, como apenas referi que estaria dsiponível sempre que precissassem, ficou-se por isso mesmo.
Nesta família, ou nos damos por inteiro, ou então nem sequer vale a pena, mas para mim, que olho para trás e não vejo propriamente só felicidade e partilha, mas também exploração, digo que já era tempo de dizer basta!
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