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Nunca pensei que isto fosse possível, normalmente quando recebo e-mails com notícias do desaparecimento de pessoas, fico sempre desconfiada, raramente dou importância ou seguimento à coisa, custa-me a acreditar que alguém desapareça, na verdadeira acepção da palavra, assim de repente, sem deixar rasto!?
Como é que uma pessoa com TLM, carro, e sei lá mais o quê some do mapa? Toma descaminho como diz o Dicionário Primberam?! Mas isso e possível nos dias de hoje, com o Big Brother em que vivemos com câmaras de vigilância em tudo quanto é sítio? Meios que permitem detectar onde está determinado TLM e mais um sem número de formas de contactar e localizar pessoas??
Pelos vistos é, possível, ou de foram consciente e organizada, ou causada por terceiros e aí fora do alcance do próprio, é possível desaparecer, sem dar noíticas, sem deixar rasto, sem familiares e amigos saberem do paradeiro da pessoa.
É tão possível que alguém que conheço desapareceu...
Aqui fica um pedido de ajuda
Porque hoje é sexta-feria, ele está com a neura (e acho que eu também)...
Só quero que alguém me entre pela casa a dentro, me mande ir dar uma volta com o meu filho e quando eu regressar tenha a casa num brinco e as compras feitas...
Que esse alguém ficasse umas horinhas para eu poder descansar um bocadinho...
E já agora, uma destas, pode ser??
(imagem retirada da net)
Ainda bem que sonhar não custa dinheiro, contudo é pena que as nossas vontades não se concretizem num estalar de dedos.
Literalmente...
O rapazote anda com prisão de ventre, o leite (suplemento) que lhe estamos a dar desde quinta-feira passada provocou este problema, na terça-feira a pediatra recomendou outra marca, para solucionar o problema. Dado que estamos a intercalar cada uma das marcas, de forma a acabar com a primeira lata que comprámos (sim porque não é propriamente barato e com esta crise, não podemos estragar nada) estávamos à espera que o rapaz fizesse a necessidade fisiológica, sem ser estimulado...
A meio da tarde veio o cheiro desagradável do berço onde estava S. Exa. deitado a dormir a sesta, mas como os gases são frequentes, atribiu a isso. Chega-se a hora de mamar, toca de pegar na criatura ao colo, sacudir o rabiosce para pegar no peito e umas "festas" para não se deixar dormir... O cheiro, de vez em quando afluia ao meu nariz - comecei a ficar desconfiada - acaba a mamada, mais umas voltinhas para sair um arroto e toca de ir verificar se as minhas suspeitas eram fundadas ou não...
Bem, senhores (como diz o meu marido) que fralda tão pestilenta e cheia e aquele rabo???
(bem jeito me teria dado uma máscara destas)
Com tanto passeio e batidela, estáva num estado lastimável, para cumulo acabaram as toalhitas no fraldário!
Cristo, o que é que eu faço??
Toca de agarrar no rapaz e ir lavar à torneira...
Pronto, o trânsito intestinal, parece, por hora regularizado!! lol
Numa conversa com uma amiga que ia ser madrinha de crisma demo-nos conta da ligeireza com que as pessoas realizam determinados actos, no caso, o sacramento foi recebido, "porque tinha de ser" a fim de continuar a praticar determinadas actividades.
Questionámo-nos sobre quantas e quantas vezes isto acontece?
Aliás, nos tempos que correm, não se assumem responsabilidades por quase nada, portanto não será de espantar esta atitude perante a religião e ao que dela diga respeito, por qualque faixa etária e qualquer exctracto social.
Cada vez mais se vêm sacramentos, desde a comunhão dominical, mas expressamente o casamento e o baptismo, a serem recebidos, porque são festas, das quais as pessoas gostam de participar, sem nunca lhes perceberem o verdadeiro sentido.
Para alguns de nós, que de alguma forma sentimos e vivemos tudo isto de muito perto, espiritual e corporalmente, dói-nos a alma, ao confrontármo-nos com tudo isto.
Mas ao reflectir sobre estas questões, dei-me conta que se Cristo viesse hoje a este mundo seria aquelas pessoas que Ele chamaria a si, seria à porta delas que mandaria muitos de nós bater, para os trazermos de volta para comungar-mos da mesma mesa...
Por isso, não julgo, não critico, nem me ofendo, mas rezo, para que cada um deles, ao receber o sacramento perceba o dom que recebe, e que a semente, brevemente germine!
Salvo raras excpeções que constituem a famosa regra que "as mulheres são umas cabras umas para as outras", posso considerar que num circuito reduzido, de amizade verdadeira e fraterna, as mulheres formam um clã.
Tomei consciência disso ao longo da gravidez e ainda mais agora que o filhote nasceu, é vê-las a partilhar experiências, dar dicas e conselhos, emprestarem coisas e loisas, disponibilizarem-se para o que der é vier, acompanharem de perto esta viagem que estamos a realizar.
Considero também que somos seres únicos, não numa perspectiva feminista, mas para arquear com as responsabilidades, na capacidade de lidar com situações mais dolorosas e penosas, ou melhor, na capacidade de ultrapassar obstáculos e lidar com as situações, somos muitas vezes bombeiras de serviços e as primeiras a afirmar: -"Aqui estou!" para resolver pequenos dramas.
Mais, apresento a minha sentida homenagem, a todas aquelas que criam filhos sozinhas, uma árdua tarefa, que reconheço não ser nada fácil, quando não se conta com ninguém, ou até mesmo tendo companheiro, não se possa contar com a presença de familiares ou amigos, que sustem uma rede de suporte extremamente útil e necessária, numa jornada como esta.
Por tudo isto, nós mulheres e mães, somos um espectáculo!!
Os dias sózinha custam tanto!
Apesar de uma visita, que hoje me ajudou a passar a manhã, agora à tarde sinto-me como uma macaca que traz a cria atrás... Está cheio de cólicas e prisão de ventre, chora em qualquer lado qu eu o coloque, nem berço, nem espreguiçadeira, nem a cama ao meu lado...
Não descanso, nem faço nada (e hoje que é dia de limpezas!) porque requer atenção constante...
Haverá fases dificéis no desenvolvimento do ser humano, mas acredito que esta é sem dúvida das piorzinhas...
Sinto-me a deprimir, não consigo fazer nada do que prevejo, apenas o que ele quer...
E chegou mais uma vez a hora de amamentar
Pois é, dou-me conta que já passou um mês do nascimento do meu filho e da viragem nas nossas vidas.
Ainda pensei em fazer uma descrição do que foram aqueles dias, numa tentativa de catarse pessoal, mas acho que foram emoção tão pessoais e próprias, que nem sei se partilhando iria conseguir exprimir o que tudo aquilo significou.
Contudo, deixo um cômputo geral, dos elementos positivos e negativos, desta que foi (e está a ser!) a maior epopeia da minha vida...
Negativo:
Positivo:
Não ficou a descrição pormenorizada, mas foi quase, assim, quando quiser ter outro (LIVRA!!!) venho aqui relembrar o que aquilo foi! lol
Hoje 1º dia sozinhos em casa, marido regressou trabalho. (stop)
Análise à urina na CUF Descobertas para despiste de infecção. (stop)
Foi a maior concentração de bébés por m2. (stop)
Grande confusão, toda a manhã por lá, mas está tudo bem. (stop)
Juntar a isto uma noite de mama + biberon. (stop)
Mãe quase a dar em doida e a achar que governo devia alargar + licença de pai.(stop)
Não desapareci, não! Mas o tempo é pouco, com um recém-nascido, cada minuto conta para se fazer tudo, desde cuidar dele, até manter alguma organização em casa.
Hoje é dia "não", pessoal e psicológicamente falando.
Fomos à consulta do 1º mês e verificou-se que o que algumas pessoas disseram, é bem verdade, a criatura não está a engordar o suficiente. Portanto, saímos da consulta direitinhos para um hiper, comprar suplemento e toda a parafernália necessária (esterilizador, termo, caixa para leite...)
E eu sinto-me menos mãe, como se tivesse falhado nesta tarefa de criar (na verdadeira acepção da palavra) um filho. O meu objectivo sempre foi amamentar em exclusivo, até aos 4 meses se possível... E dói vê-lo ir buscar energia e bens essenciais a um simples biberon, com leite artificial de vaca e ficar com um ar muito satisfeito e a dormir calmamente, como talvez nunca o vi...
Bem sei que é para bem dele, para que aumente de peso, mas não posso deixar de sentir que falhei algures nesta caminhada que me propus fazer...
Melhores dias virão, decerto. E eu anseio à espera deles!
Pois é, 3 semanas volvidas do nascimento, começaram as tão flamigeradas cólicas do pequenote. Como tão bem define o Dr. Mário Cordeiro nesta obra fascinante - que adquirimos e que recomendo vivamente!
O rapaz estremece ao mínimo barulho, abre os braços, fecha as mãos, encolhe as pernas e fica muito encarnado, chora desalmadamente, não consegue ficar no berço, só se acalma ao colo, isto no período nocturno das 22h à 0h, certinho e direitinho, todas as santas noites.
Segundo aquele pediatra, "trata-se de uma fase de organização do cérebro, que tem de ser percorrida para atingir um grau de maturidade superior. Como um exame para passar de ano".
Já nos demos conta que quando saímos com ele, para ir à Missa, almoçar em casa dos avós, é sempre pior. Porquê?
Porque a criatura ainda só tem 3 semanas, ainda se está a adaptar a este mundo, passou de um ambiente calmo e sereno para outro onde cada vez que abre os olhos apanha com uma enxurrada de informação, ainda por cima se for perturbado pelos: "Ó tão lindo!", "É tão pequenino!"; "É tão fofinho!", querem ver, pegar, mexer, e com alguma ansiedade à mistura piora drasticamente a situação.Todo este stress é descarregado para o intestino - orgão-alvo para esta reacção - daqui advêm as cólicas.
"Daí o choro, a necessidade de consolo, de mimo, de envolvência e as cólicas, verdadeira reaçcão psicossomática, provavelmente uma das primeiras deste tipo, das muitas que teremos pela vida fora".
Acreditam nisto, um ser tão pequeno e já sofre de sintomas psicossomáticos, para processar toda a informação e estímulos que recebe??
É assustador! O problema é encontrar aqui um equilibrio, na medida em que ele tem de se adaptar e conhecer o mundo lá fora, mas terá de o fazer gradualmente, para que estas crises não sejam insuportáveis (para nós e para ele), resta-nos a nós, pais, encontrar a fórmula mágica para fazer isto!
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