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Reaprender uma língua nova, com esforço, ficar por vezes sem perceber o que nos dizem, ver televisão com legendas em inglês, porque falam tão depressa que é difícil de acompanhar, ou ainda confrontar-nos com alguém que fala com calão ou com uma pronúncia qualquer e ficarmos completamente sem perceber nada...de nada!
Viver diariamente situações novas, seja em que âmbito for.
Vivermos injustiças, porque não somos "de cá", não temos desenvoltura na linguagem, nem a mesma educação, muito menos a mesma cultura.
Cozinhar e comer coisas diferentes.
Fazer sacrifícios.
Ter saudades, mas daquelas que doem, diariamente, carregar no peito todos aqueles que nos são próximos, familiares, alguns amigos, mas também a nossa cidade, a nossa comida, até certos cheiros e locais.
Dar mais valor ao que é nosso, e também aos nossos.
Só contarmos connosco, os três, esta pequena família, que vai para todo o lado junta, que enfrenta tudo junta, que faz tudo junta.
Adaptarmo-nos continuamente, até onde não pensávamos ser possível, mas somos e seremos sempre.
No fundo é recomeçar do zero, num país diferente, com tudo o que isso acarreta, mas com os pés assentes na terra e a cabeça, erguida, para o Alto, porque de lá virá sempre o nosso amparo e a nossa confiança.
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