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Este meu desenraizamento, e o facto de não ir a Portugal, há quase 1 ano, tem trazido consequências, muito ao nível das relações.
As pessoas seguiram com a vida em frente, assim como eu tive de fazer o mesmo.
A essência da amizade ficou, sem dúvida, ainda há contacto, seja por que meio for, mas o companheirismo do dia-a-dia esvaiu-se, bem como muita da partilha e da presença.
Tomei consciência que as coisas nunca mais vão ser as mesmas e que estou neste momento num impasse, porque não tenho aqui amizades que possa denominar como tal, porque não tive tempo para as construir, nem sei se alguma vez será possível ter amizades cá como as que tive e tenho em Portugal e as amizades presentes, aquelas que ficaram estão diferentes, não são as mesmas, como se algo se tivesse quebrado e dificilmente voltará a ser reposto da forma como existia antes, devido ao meu afastamento e às vicissitudes próprias da vida.
Foi doloroso encarar isto, perceber com esta frieza de que nunca mais será o mesmo, pelo afastamento, pelo tempo, pelas circunstâncias, pela vida, fiquei a pensar em tudo isto, nas consequências que isto me pode trazer.
Mas hoje acordei e pensei, não vale a pena chorar, a vida levou o seu rumo, não sei ao certo o que o futuro me reserva, nem com que pessoas me irei cruzar, vou preservar e cuidar das amizades que tenho neste momento, não é o ideal, mas é o que se pode ter, estão quase a chegar as férias, vou ter tempo de qualidade com algumas pessoas mais próximas, quero organizar um jantar com o grupo, estar com eles, tirar fotos, aproveitar ao máximo enquanto puder.
Depois, depois logo se vê...
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