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Gostam do título??
Surgiu na sequência de conversas com amigas acerca dos pais e das mães. Esses seres que nos puseram no mundo e que nos formatam.
Apesar deste ser um termo informático, achei que se podia adequar à situação, formatar significa dar um formato a um documento ou a um supote de dados (disquete, disco rígido, etc.), não será isso que os nosso pais nos fazem? Dão-nos um formato?? Alimentam-nos para que tenhamos um formato físico, mas transmitem-nos valores, princípios, regras para formatarem a nossa consciência, personalidade, o nosso EU.
Este EU, apesar de estar formatado pelos pais, pelo meio, pela socialização a que somos expostos, também possui os seus próprios parâmetros, que nós próprios vamos construído. E é aqui que por vezes surgem conflitos e problemas...
Chegados a uma determinada fase da nossa vivência, que para alguns acontece logo na adolescência, acredito que pomos muito daquilo que nos foi transmitido em causa, e dá-se a revolta, o "grito do ipiranga", a nossa independência, o nosso próprio EU impera, embora formatado, vivemos segundo os nossos parâmetros e assumimos as consequências...
Outros há, que vivem feliz e alegremente sob esta camuflagem criada pelo que nos é transmitido, aparentemente sem qualquer problema, com regras, valores e princípios definidos pelas balizas que os pais construiram...mas em determinadas circunstâncias surgem em nós problemas em aceitar a realidade, em vivê-la plenamente, como se qualquer coisa em nós o impedisse, como se houvesse um "erro interno" que não nos deixa viver em sintonia e harmoniosamente, que não nos permite falhar, ficar decepcionados, ter desejos...
Numa busca ao nosso subconsciente deparamo-nos com o facto de que tudo isso nos foi introduzido por aqueles valores e princípios da infância, que acabamos por cristalizar e que fazem parte de nós como a nossa pele, mas que actualmente nos impedem de viver a nossa vida, de uma forma saudável.
Segue-se um longo e árduo caminho para percebermos o que nos faz bem e mal, o que devemos aceitar ou o que simplesmente nos faz sofrer e não nos serve para mais nada...
Mas quão doloroso é esse caminho, de "despir parte de nós" e de reconstruírmos o nosso próprio EU?
Hoje somos filhos, amanhã seremos pais, espero que tenhamos em atenção aquilo que realmente valerá a pena transmitir-lhes!
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