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Durante a minha infância em casa dos meus avós, dias havia em que no regresso da escola ouvia a minha avó gritar de onde estivesse: "tens lá uma encomenda!". Era ver-se subir a ladeira a correr, entrar em casa esbaforida para encontrar um pacote, vindo de Paris, abri-lo e ficar maravilhada com o que encontrava porque era sempre uma surpresa!
No fundo aquele pacote trazia-me um bocadinho de quem estava do outro lado, longe, porque o seu conteúdo tinha sido pensado, adquirido e embrulhado com o mesmo afago que se faz um carinho no rosto de um filho, que tanta falta me fazia e que eu por breves instantes sentia.
Hoje sinto o mesmo de cada vez que chega uma encomenda de Portugal, porque sei que quem a enviou se preocupou connosco, mas essencialmente com o meu filho, porque há sempre uma peça de roupa ou um brinquedo que fazem as alegrias dele...e minhas.
Por breves instantes sinto-os aqui, perto de nós, num abraço sentido e saudoso.
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