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Tive uma educação muito castradora, inibida de exprimir a minha opinião, rejeitada em tanto e com o perfeccionismo a imperar por cima de mim, no que tocava a toda e qulaquer realização de tarefas.
O prazer, em todas as suas vertentes, de alegria, de divertimento, de deleite e de desejo sempre me foram renegados, como se não fosse uma qualidade ou emoção boa, mas antes algo prejudicial, nocivo e proibido.
Isso trouxe consequência ao longo de toda a minha vida, controlo muito as emoções, mas mais ainda no que toca ao prazer de qualquer género, é sempre muito ponderado, examinado e sentido a medo, e quando o permito a culpa assola-me e pesa-me sobre o corpo e a consciência, dominante, castradora mais uma vez.
E mesmo ao fim de anos de psicoterapia, o ciclo vicioso continua, embora agora eu esteja consciente de que ele existe e daquilo que me faz sentir.
É uma luta contínua, em que temos de estar sempre alerta e não deixar que nos afecte, mas ó quantas vezes isso não acontece e me deixo levar pelo conformismo em detrimento do prazer.
Diariamente me deparo com isto, que vai desde tentar ter uma atitude mais positiva perante a vida e no meu dia-a-dia, até perceber que devo rejubilar e festejar o facto do meu marido ter conseguido um novo emprego!
Porque foi algo pelo qual anseámos e foi árduamente conquistado e sofrido, por isso, também merece celebração à medida: que tal uma ida a Londres, só os 3, numa de passeio e alegria?
Mas...há sempre um mas, o dinheiro das viagens, o dinheiro da alimentação, a chuva, o frio, a tosse do miúdo e podia continuar...
Amanhã é dia, vamos ver quem vence: a má vontade, ou a alegria?
É que assenta que nem uma luva...
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