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Grande título este! eheheh
Isto a propósito de duas reportagens que ouvi e vi hoje...
A primeira foi na Rádio TSF, hoje às 11h da manhã, intitulava-se "Corpos sem Alma", na qual foram entrevistadas prostitutas e acompanhantes, para discortinar os seus modos de vida, as vivências da profissão, os problemas e entraves.
Algumas mulheres referiam que as suas profissões não se resumiam ao "sexo puro e simples", muitas delas, nomeadamente as acompanhantes afirmaram que tinham muitos encontros, onde apenas conversavam com os homens, ouviam os seus problemas (conjugais, sexuais ou outros) e tentavam solucioná-los...diziam que desempenhavam o papel de psicólogas, conselheiras, terapeutas....
A segunda reportagem, passou na SIC, às 21h30, "Donas de Casa Desinibadas", onde se mostrava um novo segmento de mercado dirigido às mulheres, com o intuito de melhorar o bem-estar, o prazer e a auto-estima da mulher e no fundo do próprio casal...
Mais uma vez a Directora Comercial da "Maleta Vermelha", que coordena as reuniões da "tupersex", referiu que os produtos vendidos têm como finalidade melhorar não só a vida sexual do casal, mas a comunicação entre ambos.
Eis-nos chegados ao cerne da questão, a comunicação, ou falta dela, que faz, no primeiro caso, um dos elementos do casal, procurar a resolução dos seus problemas fora do âmbito a dois e no segundo caso, a aquisição de determinados produtos, descobrir necessidades ou curiosidades sentidas desde sempre, no casal e nunca antes partilhadas...entenda-se tudo isto, quer por parte dos homens, quer das mulheres.
Alguém referia, nos média, que estamos a entrar na "Era do Umbiguismo", na medida em que só olhamos para o nosso umbigo, em que a partilha com o outro é resumida a quase nada, então quando se tratam de problemas e questões tão intimas como o sexo....a partilha é quase nula...
A questão que se coloca é que perante uma entrega quase total e tão íntima ao outro, na vivência do acto amoroso, as pessoas ficam mudas e inibidas no que toca a partilharem as suas ideias e fantasias, mas principalmente os seus medos e problemas neste campo.
Como se de uma concha se trata-se, que se abre em determinadas alturas e depois se fecha sobre si, quando na verdade, uma possível partilha de sentimentos e de problemas poderiam não só beneficiar o casal, mas serem enfrentados por ambos no caminho de uma vivência plena a dois....
Toca lá mas é a comunicar e contar tudo, mas tudo o que nos vai na alma....se é para bem de ambos: Porque esperamos???
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