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Na sexta-feira, andava a limpar a janela do quarto do meu filho, quando vejo uma senhora de idade, com duas cadeiras de jardim, seguida por uma rapariga que trazia uma mesa também de jardim. Bateram à porta dos meus vizinhos, ouviu-se um acolhimento efusivo e minutos depois seguia-se o entusiamo no jardim pela nova mobília, oferecida por aquela senhora, suponho ser avó, dos novos adquirentes da casa ao lado da minha.
Nesse momento, pensei com os meus botões, não vou ter nunca esta ou outra surpresa deste género cá em casa, todas as pessoas que conhecemos, familiares e amigos mais próximos, que porventura poderiam superir esta ou outra necessidade, estão a kilómetros de distância.
E é nestes momentos que percebo, a falta que nos fazem as pessoas e a nossa rede de suporte, bem sei, estão a um clique, a um telefonema de distância, mas por vezes a presença é insuperável.
A consciência de tudo isto faz-me perceber o porquê da dificuldade na tomada de decisão pela emigração e de quão difícil é e será todo este processo...
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