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Já lá vão 35 anos de vida, de cada vez maior e melhor observação, reflexão, de mim, dos outros, do mundo e neste crescimento, comecei a acreditar naquilo que não posso considerar uma teoria, mas apenas uma constatação.
Acredito que o nosso estado de espírito, a nossa mente, o nosso Eu interior, influência em muito, aquilo que somos, mas essencialmente aquilo que transmitimos e recebemos em troca, dos outros, do mundo, da vida. Dir-me-ão que são as nossas energias, que depois de transmitidas, reflectem na mesma medida, aquilo que as compõe, qual boomerang, que regressa sempre depois de lançado.
Não sei que nome atribuir a isto, a mente, talvez, que como possante transmissor, mesmo que muitas vezes fora do alcance da nossa consciência, reflecte o mais profundo de cada um, e a nossa envolvente, ao captar tudo isto, devolve-nos na mesma medida.
Seja esta constatação verdadeira ou falsa, em termos práticos como é que se traduz?
Simples, no meu dia-a-dia o meu sentir e estado de espírito vai influenciar tudo o que eu fizer e todos os que se relacionarem comigo, e mais, o ânimo, a vontade e tudo aquilo que eu puser naquilo que faço, vai definitivamente influenciar o resultado.
Sendo mais concreta, se me levanto de manhã, mas com uma vontade imensa de ficar na cama, à espera que o dia passe, na certeza de que não quero enfrentar o dia, nem a vida, posso ter a certeza que vai ser uma dia terrível. Se pelo contrário, me levanto com esperança daquilo que o dia será e abertura para aceitar esse dia, correrá certamente muito melhor.
Esta caminhada pela depressão fez-me entender e assimilar de uma forma pungente isto que vos acabo de descrever, se havia dias de choro, de estar enfiada na cama e pedir ao céu que desabasse, por muito que saísse deste registo, na vã tentativa de arranjar uma solução e uma saída para este problema, nunca a encontrei... No dia em que percebi que dependia de mim e que abri a porta que me leva ao mundo, comecei a ver resultados, são ténues, um mero reflexo de luz, mas está lá e isso é que importa.
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